Estava tudo pronto para que fosse iniciada depois de amanhã mais uma etapa da luta contra a expansão do coronavírus: a geolocalização de dados, ou seja, o compartilhamento de informações para identificar como se desloca a população, se há multidões e situações de risco de contaminação pelo vírus.
As empresas de telefonia móvel já haviam encaminhado ao Ministério de Ciência, Tecnologia o memorando de entendimento e o próprio ministro Marcos Pontes gravara um vídeo anunciando a implantação do sistema nesta semana.
Só que no sábado, segundo a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, Jair Bolsonaro ligou para Pontes mandando suspender tudo.
Alegou que há riscos para a privacidade do cidadão e que a Presidência precisa estudar melhor o tema, apesar de um parecer da AGU aprovar o uso da ferramenta proposta pelas teles.
O que foi proposto pelas empresas de telefonia móvel é uma solução semelhante à que foi adotada pela Coreia do Sul, um dos países com menores taxas de mortalidade pela Covid-19.
Mas Bolsonaro, em sua campanha contra o isolamento social, resolveu vetar a geolocalização.