A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Salvador, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), fez uma alerta, na segunda-feira (6), sobre o aumento dos casos de violência doméstica durante o distanciamento social para contenção da pandemia do novo coronavírus.
“Nas últimas semanas de distanciamento social para conter a disseminação do coronavírus, o país já registra um aumento no número de casos de violência contra a mulher. Já previsto pelas autoridades, o fato acende um novo alerta em meio à crise provocada pela doença”, disse a vereadora.
De acordo com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, apenas no Rio de Janeiro, as notificações de violência já estão 50% maiores nas últimas semanas. No Brasil, o Ligue 180 registrou um acréscimo de 9% nas denúncias durante a quarentena.
“Estamos vivendo uma crise social sem precedentes devido à pandemia, o que tem levado muitas pessoas a ficarem em casa. Para além dos impactos na economia e no sistema de saúde, a violência contra a mulher nesse período também deve ser tratada como uma consequência do coronavírus”, alerta Ireuda.
Grave consequência
A vereadora afirma que essa é uma das consequências mais graves da pandemia, pois, “se a doença mata, a violência contra a mulher também.” A vereadora pede que o poder público aja com celeridade e rigor, criando estratégias para combater o problema.
A republicana destaca ainda que isso não tem acontecido apenas no Brasil. Na França, por exemplo, houve um acréscimo de 36% e o
país anunciou que pagará quartos de hotel para vítimas de violência doméstica. “A maioria das mulheres é agredida dentro da própria casa, pelo marido ou pelo namorado. Portanto, na conjuntura atual, um ambiente já violento pode se tornar tão mortífero quanto o vírus”, acrescentou.