Enquanto no entorno de Jair Bolsonaro há a preocupação com o aumento de saques a supermercados, a Polícia Federal monitora a reação do crime organizado às novas regras sociais impostas pelo combate ao coronavírus, com atenção voltada para as fronteiras.
Especialistas em segurança pública apontam conforme publicação do jornal Estado de SP, como primeira consequência a descapitalização do tráfico de drogas, que pode levar à migração dos traficantes para outros crimes, com impacto nas cidades: explosão de caixas eletrônicos, roubo a carros-fortes e a lojas de artigos de luxo fechadas.
No Ministério da Justiça, com o maior policiamento nas divisas, aumentou o número de apreensões. Para Eduardo Bettini, coordenador-geral de fronteiras, “essa migração pode ocorrer, mas não é tão simples assim”.
O mais recente relatório da iniciativa da ONU contra o crime organizado alerta que golpes online, fraudes e fake news vão crescer mais ainda com a população confinada e online a maior parte do tempo.
Em São Paulo, por exemplo, a PM mudou a estratégia: tem patrulhado mais áreas residenciais, cercanias de hospitais, farmácias e supermercados. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado, “sem prejuízo das atividades policiais rotineiras e do atendimento às emergências”.
A Polícia Federal vem tentando poupar ao máximo seus agentes. A estratégia é mantê-los saudáveis para, quando houver necessidade, ter efetivo suficiente, capaz de atuar emergencialmente com outras polícias em casos graves pelo País. Quem pode está isolado fazendo teletrabalho.