Assim como os seus colegas de outros estados, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), está correndo contra o tempo para tentar minimizar os estragos resultantes da pandemia do coronavírus. Presidente do Consórcio Nordeste, que reúne nove chefes de Executivo da região, ele fala nessa entrevista à coluna sobre as dificuldades que enfrenta para dar conta da tarefa.
Para começar, conforme publicou o DCM, Rui reclama da falta de coordenação nacional e do comportamento errático do presidente Jair Bolsonaro, que considera o maior entrave. “Ele parece que anda com a garrafa de gasolina na mão e o isqueiro na outra, tocando fogo onde ele passa”, observa o governador.
Depois da mobilização para aumentar o número de leitos, Costa e seus congêneres nordestinos esbarram em uma grande dificuldade. “Os governadores se mobilizaram, montaram estruturas para abrir leitos adicionais, mas não estamos conseguindo comprar respiradores. O ministério também não consegue entregar”, lamenta.
Apesar das críticas duras a Bolsonaro, o governador baiano defende que é hora de união para enfrentar a pandemia e se coloca a disposição para sentar à mesa com todos os que quiserem contribuir para o combate à pandemia. “Se ele ligar hoje para uma reunião, estamos disponíveis para conversar”, garante.