Ele defendeu que o Congresso Nacional tome medidas para ampliar a regulação do banco e afirmou que já conversou sobre o assunto com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM)
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), defendeu nesta terça-feira (31) uma maior regulação dos bancos privados brasileiros e criticou as instituições por praticar “taxas de juros extorsivas”
“É preciso tomar medidas mais duras contra os bancos privados. Esses caras só fazem ganhar dinheiro, inclusive na crise. Está todo mundo no país se lascando e esses caras ganhando dinheiro. Não é possível isso”, afirmou o prefeito.
Ele defendeu que o Congresso Nacional tome medidas para ampliar a regulação do banco e afirmou que já conversou sobre o assunto com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).
As declarações foram dadas pelo prefeito, que também é presidente nacional do DEM, em uma entrevista à imprensa durante a inauguração de equipamentos para atender a população em situação de rua em Salvador.
Na entrevista, o prefeito defendeu que o governo federal atue com os bancos públicos para abrir linhas de financiamento para empresas que são essenciais na prestação de serviços públicos, como as empresas de transporte público.”Tem que ter linhas de financiamento público porque os [bancos] privados cobram taxas de juros extorsivas que ninguém consegue pagar”, disse.
Segundo o prefeito, há risco que haja um colapso no sistema de transporte público, com paralisação total do sistema de transporte, das grandes cidades caso não haja uma atuação firme do governo federal.”Sem o transporte para, o país para. Não adianta o presidente estar na televisão dizendo que atividades tem que voltar se o transporte não existir”, afirmou ACM Neto.
O prefeito também defendeu que o governo federal dê aval para que prefeituras buscarem novos empréstimos junto a bancos e organismos internacionais para fazer frente à crise do novo coronavírus.Nesta segunda-feira (30), a prefeitura da capital baiana anunciou o contingenciamento de R$ 230 milhões em áreas não prioritárias do orçamento. Deste total, R$ 105 milhão será redirecionado para ações de amparo social e prestação de serviços de saúde.