O ministro Paulo Guedes já havia demonstrado preocupação com o tema ao afirmar, neste mês, que o governo não pretende realizar concursos nos próximos anos.
“Cerca de 40% a 50% do funcionalismo federal irá se aposentar nos próximos anos, e a ideia é não contratar pessoas para repor. Vamos investir na digitalização”, disse Guedes.
O Ministério da Economia já planeja alternativas para evitar a paralisação da máquina e garantir que os serviços para o cidadão não serão afetados.
Do total de 626 mil servidores civis ativos no Executivo, a estimativa do governo é 67,8 mil irão preencher os requisitos de aposentadoria em 2019. Entre os ministérios com maior quantidade de efetivos, a Saúde, por exemplo, tem 20,9% do seu quadro apto a se aposentar.
Desse total, 384 servidores foram aposentados nos primeiros dois meses deste ano. Para não prejudicar o atendimento ao cidadão, a pasta tem realizado remanejamento de servidores.
O remanejamento também é a saída apontada pelo Ministério da Economia, responsável pela gestão do pessoal do governo. Uma portaria de 2018 permitiu movimentar servidores e levar profissionais de áreas onde há gente ociosa para aquelas onde falta efetivo.
Outra alternativa é aumentar os postos que podem ser terceirizados. “Além disso, a proposta do governo é modernizar a administração pública, possibilitando que as pessoas possam requerer benefícios e serviços de forma digital”, destacou a assessoria do ministério. “A expectativa é que o setor público se torne mais eficiente, porque, em paralelo a esta medida, estão em curso outras ações de simplificação administrativa, desburocratização e readequação da força de trabalho”.