Responsáveis pela organização de alguns dos maiores protestos anti-corrupção nos dias que antecederam o impeachment de Dilma Rousseff, os integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) foram constrangidos por uma ação da Polícia Federal que prendeu em São Paulo dois empresários ligados ao grupo.
Conforme o Yahoo Notícias, Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan) são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. A família Ferreira dos Santos, idealizadora do movimento que elegeu vereadores e deputados pelo país — hoje rompidos com o presidente para quem fizeram campanha —, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos federais. A sede do MBL, na Vila Mariana, também foi alvo de buscas.
Há pouco mais de um mês, celebrou-se, sem muito alarde, o aniversário de uma famosa foto que reuniu em torno de uma mesma mesa lideranças do MBL, do movimento Revoltados Online, parlamentares tucanos, os então representantes do baixo clero Jair e Eduardo Bolsonaro e uma desconhecida militante que virou deputada e hoje é alvo do inquérito das fake news. Ao centro da mesa estava o então todo-poderoso presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ). A foto foi tirada em 27 de maio de 2015. Cinco anos depois, a juíza Gabriela Hardt concedeu o direito à prisão domiciliar ao ex-deputado. Ele está preso preventivamente desde outubro de 2016.