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terça-feira 8 de outubro de 2024 às 17:49h

4 em cada 5 mulheres eleitas prefeitas e vereadoras no país são de centro e direita

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A maioria de mulheres eleitas no pleito municipal do último domingo (6) são de centro e de direita.

Das 10.646 vereadoras que ocuparão as Câmaras Municipais em 2025, 4.923 são de centro (46%) e 3.633 (34%) de partidos à direita no espectro político estabelecido pelo GPS partidário na reportagem de Bárbara Blum
Géssica Brandino, da Folha de S. Paulo.

As 2.090 vereadoras de esquerda representam 20% das eleitas no país, conforme dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com 99,99% das urnas apuradas até agora.

O quadro se mantém na proporção de eleitos por número de candidaturas. No centro, 7,7% das mais de 64 mil candidatas ao cargo foram eleitas. Na direita, 6,5% das mais de 55 mil tiveram sucesso e na esquerda 6,4% das quase 33 mil que disputaram o cargo se elegeram.

O cenário de prefeitas em primeiro turno é parecido, mas o centro leva vantagem ainda maior. Das 717 eleitas, 367 são de centro (51% do total). As de direita são 239, o equivalente a 33%. As de esquerda, 111, são 15%.

Das candidatas do centro à prefeita, 39% se elegeram até o momento. Da direita, foram 29,5% e na esquerda, 18,8%.

Considerando o cenário geral, 11.363 mulheres conquistaram cargos no domingo: 5.290 vêm do centro político (47%), 3.872 da direita (34%) e 2.201 da esquerda (19%). De todas as candidaturas lançadas pelo centro, 8% foram eleitas, na direita 6,8% e na esquerda 6,5%.

Já entre os homens, dos 125 mil candidatos do centro, 20% conseguiram o cargo; na direita, foram 16,4% dos quase e na esquerda 14,6%.

Ao todo, 63.858 pessoas foram eleitas no, 18% mulheres e 82% homens.

A classificação da ideologia das legendas deriva do GPS partidário, modelo estatístico criado pela Folha para medir a proximidade dos partidos a partir de quatro variáveis —coligações, votações na Câmara dos Deputados, trocas de legendas e composição de frentes parlamentares.

As vereadoras puxadas pelo centro vêm, em maior parte, do MDB, com 1.550, seguidas de PP, 1.292, e PSD, 1.146. A direita é alavancada por União Brasil, com 1.040 eleitas, PL, 865, e Republicanos, 802 parlamentares mulheres.

Já na esquerda, o partido que lidera é o PT, com 774 vereadoras, seguido de PSB, 664, e PDT, 441.

A eleição das 717 prefeitas representa um aumento de 9% em relação ao primeiro turno de 2020. Há ainda a possibilidade de eleição de mais 13 delas, sendo sete em capitais –Aracaju, Campo Grande, Curitiba, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho.

Na capital de Mato Grosso do Sul, as duas candidatas disputam o cargo: Rose Modesto (União Brasil) e Adriane Lopes (PP), a primeira, de direita e a segunda, de centro.

Algumas das vereadoras à direita que foram eleitas são conhecidas, caso da ex-comentarista da Jovem Pan Zoe Martinez, que vai à Câmara de São Paulo pelo PL com 60.272 votos. Ela é a primeira cubana a se eleger para a Casa.

Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, foi a segunda candidata mais votada com 129 mil votos. Ela se elegeu pelo Podemos, de centro.

Janaína Paschoal, ex-deputada federal e autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff em 2016, se elegeu pelo PP com 48.893 votos.

Assim como com as prefeituras, a Câmara Municipal de São Paulo, a maior do país, contará com mais mulheres e negros a partir de 2025 do que em comparação ao mandato que se iniciou em 2021.

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