A confirmação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que há 156,4 milhões de eleitores aptos a participar das eleições deste ano revelou também que 36,2 milhões de pessoas podem deixar de votar no próximo dia 2 de outubro, caso abstenção observada em 2020 se repita. Segundo o colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, esse número é tão expressivo que supera os 31,3 milhões de votos recebidos pelo petista Fernando Haddad, ou quase o triplo dos eleitores que votaram em Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno das últimas eleições presidenciais.
A abstenção de 2018 somou 29,9 milhões de votos no primeiro turno, mais que a soma de todos os 11 candidatos que não foram ao 2º turno.
O voto é obrigatório no Brasil, mas a trajetória de abstenção segue em alta. Foi do recorde de 20,33% em 2018 ao recorde de 23,14% em 2020.
O presidente Jair Bolsonaro teve 49,2 milhões de votos no primeiro turno, 46% dos votos válidos e quase 20 milhões mais que a abstenção.
A multa para quem não votar nem justificar ausência vai de 3% a 10% da Unidade Fiscal de Referência (UFIR). De R$1,05 a R$3,51, em 2020.