A pesquisa da Confederação Nacional dos Transporte (CNT) realizada pelo instituto MDA, e divulgada nesta terça-feira (25) mostra que 35,1% dos eleitores brasileiros preferem votar em algum candidato que não seja ligado nem ao presidente Lula da Silva (PT) e nem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto isso, 30,7% apontam a preferência por um candidato ligado a Bolsonaro, sendo ele próprio ou um aliado, enquanto 29,4% citam a escolha por Lula ou um candidato apoiado por ele. Os que não souberam ou não responderam são 4,8%.
A predileção por um nome de fora da polarização é maior entre os mais jovens (de 16 a 24 anos e de 25 a 34 anos), entre os quais o índice alcança 43%, e entre aquele que possuem ensino superior, grupo no qual o apoio chega a 44%.
Enquanto isso, entre os que escolhem um nome ligado a Lula ou o próprio presidente, o apoio maior se concentra entre aqueles com 60 anos ou mais (44%), entre os que possuem ensino fundamental (42%) e os moradores o Nordeste (42%). No caso da escolha por Bolsonaro ou um aliado, os maiores índices surgem entre evangélicos (46%), na faixa etária e 35 a 44 anos (39%), entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos (39%) e entre moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (39%).
A pesquisa CNT realizou 2.002 entrevistas presenciais em 137 municípios do País entre os dias 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais.
Cenários para 2026 indicam empates no 2º turno
A pesquisa também apresentou diversos cenários de primeiro e segundo turno para a próxima disputa. Em uma corrida que incluísse Lula e Bolsonaro, este hoje inelegível por decisão o TSE, os dois estariam tecnicamente empatados se a eleição fosse hoje. O petista aparece numericamente com 30,3%, e Bolsonaro com 30,1%. Completam a lista: Ciro Gomes (9,8%), Pablo Marçal (6,7%), Ronaldo Caiado (3,5%) e Romeu Zema (2,7%). Brancos e nulos são 11,1% e os indecisos são 5,8%.
No cenário com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no lugar de Bolsonaro, Lula soma 30,4%, Ciro Gomes aparece com 14,3%, Tarcísio tem 14% e Marçal tem 13,2%. Completam a lista, Zema e Caiado, ambos com 3,9%
Em um terceiro cenário, em que Eduardo Bolsonaro substitui o pai na candidatura, Lula teria 31,1%, Ciro Gomes ficaria com 13,2% e Eduardo Bolsonaro apareceria com 13,1%. Pablo Marçal, neste caso, teria 11,9%, contra 5,4% de Caiado e Zema.
Por fim, em um cenário sem Lula e Bolsonaro, Ciro Gomes somaria 19,7%, contra 16,2% de Fernando Haddad, 14,4% de Tarcísio e Freitas e 14% de Pablo Marçal. Caiado teria 5,4% e, Zema, 4,5%.
A pesquisa também testou quatro cenários de segundo turno, todos com empate técnico entre os concorrentes. Entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente soma 43,4% contra 41,6% do presidente atual. No duelo de Lula e Tarcísio, o petista ficaria com 41,2% contra 40,7%. Na disputa entre Bolsonaro e Fernando Haddad, o ex-presidente somaria 43,1% e o petista teria 39,4%. Já entre Haddad e Tarcísio, o governador de São Paulo somaria 38,3% e o ministro da Fazenda teria 37,3%.