Dezesseis dos 18 governadores aptos à reeleição deverão disputar este ano um novo mandato nos Executivos estaduais. Dos nove governadores que encerram a segunda gestão à frente de seus Estados, quatro deixaram os cargos na última semana com objetivo de concorrer a cadeiras no Senado.
Neste quadro, conforme o Estadão, entre os governadores pré-candidatos à reeleição – que vão comandar a máquina pública em meio ao período eleitoral -, ao menos dez têm histórico de apoio a Jair Bolsonaro (PL) ou se filiaram a partidos que compõem a base aliada ao presidente.
O presidente perdeu apoio em Goiás e em Minas Gerais. Em Minas, apesar das tentativas do governador Romeu Zema (Novo) de articular palanques locais, o PL decidiu filiar o senador Carlos Viana (ex-MDB) e lançá-lo na disputa ao Palácio Tiradentes.
Em Goiás, por sua vez, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) pediu votos para Bolsonaro no segundo turno da eleição de 2018 ao Planalto, mas rompeu com o presidente, que indicou o deputado federal Vitor Hugo (PL) para a disputa majoritária no Estado. Já em Santa Catarina, mesmo com o histórico de apoio do atual governador, Carlos Moisés, a Bolsonaro, e de sua recente filiação ao Republicanos, o PL também deve lançar uma candidatura própria e, assim, dividir votos no Estado.
Tucanos e nordeste
Entre os governadores que renunciaram aos cargos na semana passada – Renan Filho (MDB), de Alagoas; Camilo Santana (PT), do Ceará; Flávio Dino (PSB), do Maranhão; Wellington Dias (PT), do Piauí; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; e João Doria (PSDB), de São Paulo -, os correligionários tucanos deixaram o Executivo e travam uma nova disputa, agora velada, pela vaga de presidenciável do partido.
Os outros quatro mandatários – todos da Região Nordeste – já indicaram interesse por vagas no Senado e devem dar palanque à candidatura do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.