Nas disputas pelos governos em 14 unidades da Federação, há candidatos que hoje têm mais de 50% dos votos válidos e estão isolados além da margem de erro em relação aos adversários nas pesquisas de intenção de voto. Se confirmarem essa tendência em 2 de outubro, podem liquidar a fatura no 1º turno.
Os dados são de levantamento do Poder360 com base nos últimos estudos eleitorais registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cujos dados puderam ser verificados. Em alguns casos, foram priorizadas pesquisas de empresas já consolidadas no mercado, desde que tenham sido realizadas recentemente.
Os governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do Pará, Helder Barbalho (MDB), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), têm 30 pontos percentuais ou mais de vantagem sobre os adversários. Os 4 são os que têm mais chance de vencer sem a necessidade de uma nova rodada, de acordo com as pesquisas.
Nas corridas eleitorais dos Estados e do Distrito Federal, 18 governadores aparecem na liderança das pesquisas e são favoritos à reeleição. Desses, ao menos 9 têm chances reais de vencerem as disputas já no 1º turno.
Fátima Bezerra (PT), no Rio Grande do Norte, Ronaldo Caiado (União Brasil), no Goiás, Ratinho Jr. (PSD), no Paraná, Wanderlei Barbosa (Republicanos), no Tocantins, e Gladson Cameli (PP), no Acre, estão a mais de 20 pontos de distância dos concorrentes mais próximos e também podem ser reeleitos em 1º turno.
O único a não liderar a corrida pela reeleição é o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Ele está empatado tecnicamente em 2º lugar com o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. Quem lidera no Estado é o ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
Para ser eleito no 1º turno no Brasil, o candidato ou candidata precisa receber pelo menos 50% mais 1 dos votos válidos. Ou seja, ter mais votos do que todos os adversários somados. Nesse cálculo, não são considerados os votos em branco ou nulos.
O histórico das eleições para os governos estaduais mostra que, se o cenário atual se concretizar, 2022 vai igualar o ano com mais governadores eleitos em 1º turno –2010, quando 18 nomes foram reconduzidos ao cargo, recorde desde 1990.