A 123 Milhas acaba de acionar a 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte com um pedido para que seja autorizada a recuperação judicial da empresa, bem como segundo João Paulo Saconi, do O Globo, a suspensão imediata, por um período inicial de 180 dias, das ações judiciais de cobrança movidas contra ela (em Minas Gerais, onde está sediada, são mais de 600 causas).
O movimento é um desdobramento da crise que, há dez dias, levou ao cancelamento das emissões de passagens aéreas promocionais já comercializadas e ainda a abertura de procedimentos a respeito do caso em Procons, no Ministério Público e até na CPI das Pirâmides Financeiras.
À Justiça, a 123 Milhas afirma que enfrenta uma crise “momentânea e pontual, plenamente possível de ser resolvida” e indica a recuperação judicial como necessária para a solução.
A venda de passagens a preços mais baixos, de acordo com a empresa, está no cerne dos problemas relatados ao Judiciário, uma vez que as expectativas de operacionalização dessas promoções teriam sido frustradas pelo aumento dos tickets após a pandemia da Covid-19, pela alta da taxa de juros e adoção de novas regras pelas companhias áreas no controle de seus programas de milhas, envolvidas nas transações da empresa.