Ao menos 12 estados além do Distrito Federal, estão com taxas de internação por Covid-19 acima de 80%. O número é considerado crítico. A média na rede pública aumentou 8,7% nos últimos dez dias.
As informações são do jornal O Globo. Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina sofrem com mais de 80% dos leitos ocupados.
Para a especialista em Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lígia Bahia, a flexibilização das atividades não essenciais é o principal causador da superlotação. “As novas variantes podem ser mais transmissíveis e potencializar o aumento de casos, mas não explicam esse cenário, que é caracterizado pela abertura de atividades não essenciais de maneira caótica”.
O epidemiologista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Guilherme Werneck, segue a mesma linha de raciocínio. Para Werneck, o problema vem se agravando desde as eleições municipais do ano passado. “Nesse período, que vem desde as eleições municipais do ano passado, depois o final do ano com Natal, ano novo e agora esse período de janeiro em que as pessoas ainda estão tendo muito contato, certamente é um grande fator de estímulo à transmissão.”
No DF, os bares, que estavam proibidos de funcionar depois das 23h desde o fim do ano passado, voltaram a reabrir até mais tarde. Além disso, é possível ver vários pontos de aglomeração aos fins de semana em várias regiões da capital, desde as mais carentes até as de maior poder aquisitivo.