Por determinação do Itamaraty, a Missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) não acompanhou o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (27).
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A comitiva brasileira, segundo fontes diplomáticas e da Missão do Brasil na ONU, se retirou antes de que Netanyahu fosse chamado, como uma forma de protesto. Israel trava uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza há quase um ano e, desde a semana passada, começou a bombardear o Líbano em conflitos contra o Hezbollah. Mais de 700 pessoas já morreram nos ataques.
O ato da diplomacia brasileira foi anterior à retirada em massa de outras delegações, em maioria de países árabes, quando Netanyahu foi chamado pelo presidente da sessão (veja vídeo acima). A intenção, ainda de acordo com as fontes, era fazer uma saída discreta, o que, na diplomacia, é um ato de protesto leve a algum país — neste caso, a Israel.
A retirada, segundo fontes da Missão do Brasil da ONU, foi uma orientação do governo brasileiro. O Itamaraty confirmou e disse que quis fazer o protesto por conta da morte de dois brasileiros nos ataques do Líbano e da crise humanitária na Faixa de Gaza.
Na quinta-feira (26), a delegação do Brasil compareceu ao discurso do presidente da Autoridade Nacional da Palestina (ANP), Mahmoud Abbas — a Palestina é reconhecida como um Estado pela organização e por 142 países que integram a ONU, entre eles o Brasil.