quinta-feira 25 de abril de 2024
Foto: Reprodução
Home / JUSTIÇA / Vaga no STF: Caso Mendonça não seja aprovado pelo Senado, Bolsonaro possui plano ‘B’ e ‘C’
segunda-feira 20 de setembro de 2021 às 19:29h

Vaga no STF: Caso Mendonça não seja aprovado pelo Senado, Bolsonaro possui plano ‘B’ e ‘C’

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O ex-AGU André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga do aposentado Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal, não tem os votos para ser aprovado na sabatina no Senado – que sequer foi agendada. Vai ter que rezar muito, porque a bancada governista não entrou nessa oração.S

Segundo a coluna Esplanada, Bolsonaro tem dois ‘planos B’, caso Mendonça seja barrado na sabatina: William Douglas, desembargador do Rio de Janeiro e pastor evangélico, que pode representar a demanda de líderes neopentecostais; e o Procurador Geral da República, Augusto Aras, que se aproximou de ministros do STF – sem relação com donos de igrejas evangélicas.

O susto de Moraes

Mendonça não é o único que passa por aperto, mostra a literatura político-judicária. O hoje todo-poderoso ministro do STF Alexandre de Moraes foi reprovado em votação no plenário do Senado, há 16 anos (num longinquo 2005), indicado para uma vaga no Conselho Nacional de Justiça.

À ocasião, Moraes foi salvo pelo senador Romero Jucá, com ajuda da bancada paulista, em especial dos senadores Aloysio Nunes e Romeu Tuma. Jucá alegou que havia 72 senadores presentes, mas só 57 votaram na sessão que reprovou Moraes para o cargo – porque os outros estavam no Cafezinho da Casa (essa foi a tese do senador). E, num jeitinho regimental, o Senado fez nova votação. Moraes passou. Nunca houve um episódio assim, de segunda chance, antes e depois do caso de Moraes no Congresso.

CNMP também

Outros dois casos recentes também indicam que o Senado não tem compromisso fechado com indicados do presidente. Os procuradores do DF Diualas Ribeiro e Nicolau Dino (irmão do agora governador Flávio Dino, do Maranhão) tiveram os nomes rejeitados pela Casa Alta para compor o Conselho Nacional do Ministério Público, anos atrás.

Um caso curioso foi uma investida pessoal do então senador católico Marco Maciel. Ele convenceu parte da bancada conservadora a se ausentar na votação pela indicação de Diualas Ribeiro, por sua conhecida pauta pela liberdade do aborto e pró-homossexuais à época. Não passou por dois votos. Hoje, ele é desembargador do TJDFT.

Cinco rejeições

Em 1894 – apenas quatro anos após a criação do Supremo – um episódio constrangedor marcou a gestão do presidente Floriano Peixoto. Cândido Barata Ribeiro já tinha tomado posse na Corte, antes da sabatina, como indicado pelo Poder Executivo  – à época, o nomeado podia assumir a função antes da análise pelos senadores. Mas Barata, já empossado, foi reprovado depois na votação no Senado e teve de deixar a Corte.

Aliás, no mesmo ano, outros quatro indicados por Floriano Peixoto foram reprovados. Algo que nunca mais aconteceu na História do Brasil. Até agora.

Veja também

PF retoma emissão de passaporte pela internet

Após uma semana interrompido, o serviço de agendamento de emissão de passaporte pela internet voltou …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!
Pular para a barra de ferramentas