A Suprema Corte dos Estados Unidos revogou nesta sexta-feira (6) uma decisão da juíza Ellen Hollander, de Maryland, que proibia o acesso do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) aos dados da Previdência Social. A entidade armazena informações pessoais de milhões de americanos. A decisão da Corte não foi unânime — três juízes votaram contra.
Segundo o governo Trump, o DOGE precisa acessar os dados da Previdência para cumprir sua missão de combater desperdícios e fraudes no sistema público federal. Elon Musk, que deixou recentemente o comando do departamento e rompeu relações com o presidente, vinha se concentrando na Previdência como um possível foco de fraudes.
Durante sua gestão no DOGE, Musk afirmou que cerca de 20 milhões de pessoas falecidas constavam como vivas nos registros da Previdência Social.
A decisão anterior, da juíza Hollander, havia considerado os esforços do DOGE como uma “expedição de pesca” baseada apenas em suspeitas, que permitiria o acesso indevido a informações privadas e sensíveis dos cidadãos.
A ação que levou à suspensão do acesso foi movida por um grupo de sindicatos e aposentados, representados pela organização Democracy Forward. O processo é uma das mais de 20 ações judiciais contra a atuação do DOGE, que tem promovido cortes profundos em agências federais e demissões em larga escala.
A Previdência Social norte-americana mantém registros confidenciais sobre quase toda a população do país, incluindo histórico escolar e médico.