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domingo 15 de setembro de 2019 às 11:02h

Supercomputador em Salvador é o maior do país voltado para indústria

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O Centro de Supercomputadores da Bahia para Inovação Industrial do SENAI/Cimatec é o maior do país voltado exclusivamente para a indústria. São quatro máquinas de ponta que desenvolvem e testam tecnologias para várias empresas do Brasil.

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Supercomputador no Cimatec em Salvador

Cada supercomputador equivale a 10 mil computadores pessoais. E criar toda estrutura exigiu um investimento de 20 milhões de dólares. O tempo útil de uma máquina dessas é de cinco anos.

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Senai/Cimatec de Salvador

“São máquinas que são muito caras, muito complexas, mas que elas consomem muita energia. À medida que você vai utilizando, novas máquinas vão surgindo, que são muito mais eficientes e conseguem computar muito mais com menor custo. Então, a gente precisa manter esse centro operando 24 horas por dia, 7 dias por semana”, disse o gerente de computação do Cimatec, Adhevan Furtado.

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“Então, toda uma estrutura de suporte para que essa máquina possa funcionar. Então a gente trabalha com praticamente dois centros de supercomputação: um onde a gente abriga as máquinas e outro onde a gente abriga todas as utilidades para fazer com que a máquina funcione”, completou Adhevan.

O mais novo supercomputador tem capacidade para realizar 600 trilhões de operações por segundo. Com isso, outras máquinas vão surgindo. A previsão é de que os supercomputadores baianos possam entrar na era da tecnologia quântica, que usa nas pesquisas partículas menores que o átomo.

Os supercomputadores do estado vão ganhar um amigo mais imponente: um novo supercomputador está sendo montado e tem três vezes a capacidade dele. Ainda não há data sobre a inauguração do mais novo supercomputador.

Um prédio inteiro é usado só para gerar a energia que alimenta as máquinas. Para montar os parques eólicos baianos, por exemplo, foi preciso medir a força e a velocidade dos ventos e isso foi feito em um supercomputador.

Já para atuar na indústria de extração de petróleo e gás, um mini-submarino com jeito de peixe foi feito aqui na Bahia. Ele só deve ficar pronto em 2020. Até lá serão feitos vários testes, que só são possíveis graças a estes supercomputadores.

Pela internet, do Rio de Janeiro, o geofísico Jorge Lopez, que trabalha na empresa dona do submarino, conta porque foi preciso usar alta tecnologia nesses testes.

“Esses computadores são usados para simular o que acontece no campo, isso não pode ser feito por computadores normais”, disse Jorge Lopez.

Na saúde

Na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina – aqui na Bahia, só um supercomputador consegue reunir e cruzar informações de 114 milhões de brasileiros desde 2001. Nenhum centro de pesquisa de saúde trabalha com um banco de dados tão grande.

“Condição de moradia, renda, escolaridade, a cor, quando teve emprego, se ficou desempregado, né, como é que essas pessoas, elas vivem. Nós estamos agregando todas as informações de crianças nascidas a partir dessa constituição dessa população, para esse estudo brasileiro”, disse Maria Yuri, A vice-coordenadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz.

“Nós podemos avaliar toda a mortalidade, acompanhando quem morre e de que morre, e porque morre e onde morre, na região norte, região nordeste, em que município”, completa Maria Yuri.

A previsão da fundação é que este ano sejam divulgados os primeiros resultados desse trabalho, reunindo informações sobre a hanseníase.

Maria Yuri Travassos conta que os supercomputadores são de grande importância para mais detalhes sobre as características das pessoas com hanseníase. Conforme conta, na Bahia a hanseníase ocorre entre as pessoas de cor parda e negra, mais pobres e com baixa renda.

“A hanseníase vem ocorrendo em população de baixa renda, populações pardas e negros, população com baixa escolaridade, e, nas regiões mais pobres”, disse Maria Yuri.

Em breve, os supercomputadores baianos devem entrar na era da tecnologia quântica, que usa nas pesquisas partículas menores que o átomo.

“Esse é o próximo passo do centro. A gente vai começar a trabalhar com computadores quânticos, simuladores quânticos para entrar nessa nova vertente”, disse Adhevan Furtado. Será um novo mergulho em direção ao futuro.

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