sexta-feira 11 de julho de 2025
O presidente da CNI, Ricardo Alban, critica a política adotada pelo Banco Central - Foto: Gustavo Alcântara/CNI
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sexta-feira 20 de junho de 2025 às 17:45h

Ricardo Alban cobra mais equilíbrio fiscal e critica alta dos juros pelo governo Lula

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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, voltou a cobrar do governo federal uma postura mais firme em relação ao controle de gastos públicos e ao equilíbrio das contas públicas. A declaração ocorre em meio à polêmica decisão do Banco Central de elevar novamente a taxa básica de juros (Selic), em um momento de clara desaceleração da economia brasileira.

Segundo Alban, o país já enfrenta um ciclo de arrefecimento da atividade econômica, resultado de uma combinação de fatores, com destaque para o “menor impulso fiscal” da atual gestão. A CNI projeta que as despesas do governo federal crescerão 2,8% em termos reais em 2025, uma desaceleração em relação ao avanço de 3,7% registrado em 2024.

“Essas medidas de contenção de despesas anunciadas desde o fim de 2024 são positivas para equilibrar as políticas monetária e fiscal, e precisam ser ampliadas”, afirmou o presidente da CNI.

Apesar do esforço inicial da equipe econômica para demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal, Alban alertou que os sinais vindos do campo político não ajudam a consolidar essa trajetória. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pressionado por índices de popularidade em queda, tem adotado uma agenda de benefícios voltada às camadas mais populares do eleitorado — movimento que, embora politicamente estratégico, pressiona o Orçamento e enfraquece a confiança dos agentes econômicos.

Além disso, o dirigente da CNI criticou a atuação do Legislativo e do Judiciário, que vêm promovendo medidas que ampliam os gastos públicos em suas respectivas esferas. Esse contexto, avalia Alban, compromete os esforços de redução da taxa de juros e prolonga o ambiente de incerteza que afeta investimentos e a recuperação do crescimento.

“É essencial que o Executivo, o Congresso e o Judiciário atuem com responsabilidade. Sem isso, o país continuará convivendo com juros altos, baixo crescimento e perda de competitividade”, afirmou.

A declaração de Ricardo Alban reforça o posicionamento da indústria nacional, que vê nos juros elevados um entrave direto ao crédito, à produção e à geração de empregos. Ao mesmo tempo, a entidade defende que a sustentabilidade fiscal seja prioridade, como condição indispensável para a redução consistente da Selic e a retomada da confiança no ambiente econômico.

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