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segunda-feira 27 de setembro de 2021 às 19:55h

Relembre quem mudou de lado nos 1000 dias do governo Bolsonaro

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Conforme o jornal O Tempo, outro importante aliado de Bolsonaro na época da campanha, o ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro também tem se colocado como oposição ao bolsonarismo visando a uma possível candidatura em 2022. Em abril de 2020, Moro pediu demissão do Ministério da Justiça por discordar da decisão do presidente de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, na época Maurício Valeixo, que foi indicado pelo ex-ministro.

A saída de Moro do primeiro escalão do governo motivou outros aliados a mudarem de posicionamento. Um deles é o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que relatou à reportagem de O Tempo ter sido inspirado pelo ex-juiz a entrar na política, abandonando a carreira na Polícia Militar, e admitiu desilusão com o governo Bolsonaro.

“Se a gente voltar a fita para 2018, tinha: ‘não vamos fazer a velha política, não vai ter toma lá dá cá, vamos combater a corrupção’, e o que aconteceu no país? O brasileiro não é burro, de 2018 para cá as coisas só estão piorando e ainda tem essa polarização política alienando o país”, desabafou o senador do Podemos, partido que tem negociado com Sérgio Moro a candidatura à presidência.

Além de Moro, em abril de 2020 também desembarcou do governo o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, após sucessivos conflitos com o presidente na gestão da pandemia. Ele foi demitido por divergir, entre outras questões, da insistência do presidente em defender o uso da cloroquina como “tratamento precoce”, embora já existissem estudos mostrando a ineficácia deste remédio contra o coronavírus. Assim como Moro, Mandetta também tem sido alçado como uma das opções da “terceira via” para as eleições de 2022.

Baixas no terceiro ano

Em meio à radicalização dos discursos de Bolsonaro e cada vez mais perto das eleições que vão determinar a continuidade ou o fim do atual governo, outras figuras notórias da política que o apoiaram durante a campanha e no início do mandato também estão tentando distanciamento.

Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que liderou protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e se dedicou na campanha de Bolsonaro em 2018, mudaram o tom em relação ao governo. No dia 12 de setembro, organizaram protestos pelo impeachment de Bolsonaro. Um dos fundadores do movimento, deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), também assinou aquele superpedido de impeachment. Além dele, o deputado estadual Arthur do Val (Patriota-SP), famoso pelo canal do Youtube “Mamãe falei”, ameaçou desfiliação do partido caso mantivesse o convite de filiação do presidente Bolsonaro.

Outro ex-fiel aliado do governo, que vem demonstrando insatisfação com a radicalização do bolsonarismo, é o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A relação dele com Bolsonaro começou a estremecer em abril de 2021, quando o chefe do Executivo o cobrou mais iniciativa para presidir a CPI da Pandemia no Senado.

Irredutível, Alcolumbre se absteve de apoiar Bolsonaro para demonstrar aborrecimento por ter perdido influência sobre a destinação das chamadas “emendas de relator” do Orçamento. Indo além, o senador, que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, vem travando a sabatina de André Mendonça, indicado por Bolsonaro para o STF. Um dos motivos para essa atitude são os frequentes ataques que Alcolumbre tem recebido de bolsonaristas extremistas, os quais o acusam de atrapalhar o governo por motivos religiosos, pois ele é judeu e Mendonça é evangélico.

Por outro lado, conforme O Tempo, o governista e deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), cobrou mais radicalização do presidente. No episódio da carta de pacificação escrita pelo ex-presidente Michel Temer, quando se intensificou a ameaça de impeachment de Bolsonaro como consequência do discurso de ruptura institucional no 7 de Setembro, o deputado federal foi à tribuna da Câmara demonstrar sua indignação com o presidente.

“Me entristece a nota publicada pelo governo federal. O presidente da República assina a nota do pai do déspota [referindo-se ao ministro do STF Alexandre de Moraes]. Os conselheiros do presidente da República o tornaram pequeno”, declarou Otoni de Paula.

Ele é um dos 11 parlamentares bolsonaristas que tiveram quebra de sigilo autorizada por Moraes sob suspeita de ter destinado R$ 238,5 mil de sua cota parlamentar a acusados de disparo ilegal de mensagens de texto na eleição de 2018.

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