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Durante coletiva de imprensa no Festival de Interlagos, a Ram adiantou boas novas para as picaponas 2500 e 3500: elas vão trocar de motor turbodiesel Cummins 6.7. Na realidade, apesar de o motor atual também ser um 6.7, esse que estreará futuramente foi profundamente modificado.
Teve o cabeçote redesenhado, o sistema de admissão reprojetado, e recebeu novos pistões, turbocompressor, válvulas de admissão e escape, além mais pressão no sistema de alimentação. Com isso, sua potência saltou de 377 cv para 436 cv (59 cv a mais), enquanto o torque já beira os 150 mkgf (eram 117). Assim, as Ram 2500 e 3500 ganharão o título de picape turbodiesel mais potente do Brasil.
A transmissão é outra: automática de oito velocidades, a Torqueflite HD, que entra no lugar da atual caixa de seis marchas. Segundo a fabricante, esse novo câmbio faz com que o motor turbodiesel trabalhe em menores rotações, mesmo com mudanças na relação das marchas e do diferencial. Também foi prometido menor consumo de diesel, e redução de ruídos e vibrações.
Oficialmente, os números de desempenho e performance devem melhorar, dada a adição de potência e torque, aliada a nova transmissão. Mesmo assim, a Ram diz que essa linha 2500 e 3500 é considerada para trabalho, então prioriza as capacidades de levar carga e rebocar outros veículos. Para que se tenha uma ideia, hoje a 3500 é capaz de carregar mais de 1.750 kg de peso, e puxar mais de 9.000 kg como reboque.
Além disso, também mudaram design frontal, traseiro e interno das caminhonetes. A reestilização é discreta: inclui nova grade dianteira (com logo “RAM” mais elevado), faróis em LED redesenhados, além de retoques no parachoque. A traseira estreia novas lanternas, com arranjo interno das luzes, e uma função bacana: nelas estão os sensores para o monitor de ponto-cego, o que deixa o sistema mais preciso.
Por dentro, além de novos acabamentos e detalhes retocados, a multimídia cresceu para até 14,5” e recebeu novas funcionalidades e layout repaginado (são 12” hoje).
Essas novidades têm previsão de chegada ao Brasil apenas no final do ano, a partir de setembro, com início das vendas provavelmente como linha 2026. Preços, equipamentos e outros detalhes só serão divulgados depois.
A marca ainda comentou sobre a volta do motor V8 a gasolina nos EUA, que havia saído de linha no ano passado, mas acabou renascendo após quedas nas vendas e pedida do chefão da marca, Tim Kuniskis. Para o mercado nacional, onde a 1500 usa apenas um 3.0 turbo a gasolina (seis-em-linha), a marca não disse pensar no retorno do V8 num primeiro momento, alegando diversas questões (importação, demanda no exterior, alinhamento com fornecedores de peças e afins). Mas, não o descartou…
Por lá, o V8 HEMI 5.7 segue rendendo 400 cv de potência com cerca de 57 mkgf de torque, acoplado ao câmbio automático de oito marchas.
