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domingo 31 de outubro de 2021 às 17:57h

Quadrilha morta em Varginha era a mesma de Araçatuba e Criciúma, acredita PM

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


A Polícia Militar de Minas Gerais acredita que a quadrilha que foi desmantelada em Varginha neste domingo (31), em uma operação em que resultou em 25 mortos, é a mesma que atuou na modalidade do “novo cangaço” em Araçatuba (SP) no mês de agosto, em Criciúma (SC) em dezembro de 2020 e também em Uberaba, no Triângulo Mineiro, em 2017.

Os policiais informaram que o objetivo da quadrilha seria atacar instituições financeiras e transportadoras de valores. O valor do dinheiro que estaria na mira dos assaltantes não foi informado.

“A forma de se planejar para ação e o material utilizado, inclusive armamentos e explosivos, tudo leva a crer que seja a mesma quadrilha de Criciúma e Araçatuba e também possivelmente em Uberaba em 2017”, disse o tenente-coronel Rodolfo Fernandes, comandante do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar de Minas Gerais, durante entrevista coletiva na tarde deste domingo (31).

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Segundo ele, a equipe antibombas da Polícia Militar identificou uma espécie de “assinatura” na forma de produção e materiais utilizados nos explosivos.

“Tudo indica ser a mesma quadrilha”, afirmou o comandante. “Essas quadrilhas são muito organizadas a nível nacional e a maioria das ações geralmente contam com pelo menos uma pessoa da cidade que fornece a informação e algum tipo de estrutura mínima [na cidade alvo]”, acrescentou o comandante Rodolfo Fernandes.

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A Polícia Civil de Minas Gerais informou que, pelo nível de organização, a quadrilha está ligada a uma facção criminosa, embora não tenha informado o nome desta organização.

Segundo o tenente-coronel Marcos Serpa, que comanda o 24º Batalhão da PMMG em Varginha, pelo menos cinco dos 25 mortos pelas forças policiais durante a operação são de Uberaba. “Os outros ainda estão em processo de investigação [e de identificação]”, afirmou.

Segundo a delegada da Polícia Civil, Renata Gonçalves de Rezende, aviões partiram de Belo Horizonte e as equipes da polícia médica e técnica já estão no local para identificar os corpos.

De acordo com a delegada, as investigações ainda estão na fase inicial, mas já foi possível concluir que a quadrilha contava também com participação de uma pessoa de Brasília, no Distrito Federal, e de integrantes de outros estados do país.

Diante de informações da Polícia Rodoviária Federal que identificou movimentação atípica em direção a Varginha e a constatação que uma quadrilha estaria se preparando para realizar uma ação na cidade, o BOPE deslocou 22 militares para o município na madrugada deste domingo (31).

Uma vez na cidade do Sul de Minas denúncias feitas pela população via disque-denúncia informaram movimentações estranhas em sítios na zona rural, como comboios de carros e um alto número de veículos estacionados, mas sem movimentação de festa nos locais.

“Conseguimos identificar esse sítio. Definida as táticas de abordagem pelo Bope e o Grupo de Resposta Rápida [da PRF], fomos recebidos a tiros e os militares precisaram revidar a injusta agressão para proteger sua vida”, declarou o tenente-coronel Rodolfo, segundo quem o objetivo inicial era prender os integrantes da quadrilha.

De acordo com o comanante do Bope, as ações do “novo cangaço” normalmente são realizadas de domingo para segunda-feira ou de segunda-feira para terça-feira. Assim, os policiais conseguiram interromper a ação da quadrilha ainda na fase de planejamento.

No primeiro sítio identificado, 18 criminosos foram mortos. Os policiais também localizaram um segundo sítio, onde outros sete integrantes morreram.

Segundo as forças de segurança, os dois locais eram localizados nos extremos opostos da cidade, presumivelmente para oferecer duas rotas de fuga diferentes após a ação.

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