O PSDB aprovou nesta quinta-feira (5) a fusão com o Podemos durante sua 17ª Convenção Nacional, realizada em Brasília. A proposta foi aprovada por ampla maioria: 201 votos favoráveis, dois contrários e duas abstenções.
A decisão ocorre em meio a um processo de enfraquecimento do PSDB, que registrou seu pior desempenho eleitoral em 2022, não lançando candidato à presidência pela primeira vez desde 1989 e perdendo o governo de São Paulo. Atualmente, o partido conta com apenas 13 deputados e 3 senadores.
Com a fusão, a nova sigla começaria com uma bancada de 28 deputados federais, tornando-se a sétima maior da Câmara, e sete senadores, empatando com PP e União Brasil como a quinta maior bancada do Senado.
A fusão ainda precisa ser aprovada pelo Podemos em convenção e posteriormente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso concretizada, a nova legenda terá acesso a um fundo partidário de R$ 90 milhões para 2025, a quinta maior quantia entre os partidos.
Entretanto, há divergências sobre quem comandará a nova sigla. O Podemos reivindica a presidência para a deputada Renata Abreu (Podemos-SP), por ser maior do que o PSDB atualmente. Já os tucanos propõem um rodízio na liderança, com cada grupo assumindo o comando por seis meses até a eleição municipal.
A expectativa é que o pedido de fusão seja protocolado no TSE em julho, com o aval sendo concedido até setembro ou outubro. Após isso, os dirigentes pretendem negociar também uma federação com outros partidos, como o Solidariedade.
A fusão é vista como uma tentativa de contornar a cláusula de desempenho e reconquistar espaço no cenário político nacional.