O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse ao canal CNN Brasil que as portas nunca estiveram fechadas para ninguém, mas cobrou uma agenda para o país. Ele declarou ainda que a divergência sobre o IOF é “natural da democracia” e afirmou que é preciso seguir com outras pautas.
A fala é uma referência às declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que aguarda o retorno do telefonema que fez a Hugo Motta na semana passada para tratar sobre o impasse sobre a alta do IOF.
“As portas nunca estiveram fechadas para ninguém, mas é preciso ter uma agenda de país. As instituições devem estar comprometidas com o Brasil e ter a coragem de debater com respeito e clareza os temas que interessam a população”, afirmou.
O presidente da Câmara está em Portugal para participar do Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pela FGV e por um instituto ligado ao ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O evento ficou conhecido como “Gilmarpalooza”.
Hugo Motta disse ainda que, no caso do IOF, não está em “jogo o desejo individual de ninguém” e afirmou que o Legislativo se posicionou contrário ao aumento do imposto.
Nesta terça-feira (1º), o governo acionou o STF na tentativa de reverter a derrota sofrida Congresso.
“A divergência em torno do IOF é natural da democracia. Não está em jogo o desejo individual de ninguém, mas o posicionamento a favor ou contra aumento de impostos. No caso do IOF, o Congresso Nacional se posicionou contrário ao aumento de impostos. Agora, é preciso seguir em frente com as demais pautas. O Brasil não é só feito de aumento de imposto”, disse o presidente da Câmara.