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segunda-feira 7 de outubro de 2024 às 18:57h

Prefeitos eleitos em 1º turno despontam como nomes fortes para governos de seus Estados em 2026

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Prefeitos eleitos nas capitais já no primeiro turno das eleições municipais de 2024 despontam segundo Hugo Henud, do jornal O Estado de S. Paulo, como nomes fortes para as disputas aos governos de seus respectivos Estados em 2026. Entre eles, estão Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro, Bruno Reis (União Brasil), em Salvador, João Campos (PSB), no Recife, e JHC (PL), em Maceió, todos reeleitos com mais de 50% dos votos válidos.

Reeleito com 60,47% dos votos, Eduardo Paes é o primeiro prefeito na história da capital fluminense a exercer quatro mandatos, um desempenho eleitoral que o posiciona naturalmente como um nome forte para concorrer ao Palácio Guanabara em 2026. Embora tenha negado a intenção de lançar candidatura ao governo e, assim, abrir mão de completar seu mandato como prefeito, Paes deu sinais durante a campanha que contradizem suas declarações.

A escolha de Eduardo Cavalieri (PSD), que ocupou cargos em sua gestão, como vice na chapa puro-sangue é vista como um indicativo de que o prefeito estaria preparando o terreno para uma possível saída antecipada, garantindo que a administração da cidade permaneça sob o controle de sua base política e de um aliado de confiança.

A estadualização da disputa, com Paes concentrando ataques e críticas ao governador Cláudio Castro (PL) durante a campanha, é mais um sinal de que o prefeito está de olho no governo estadual. Ao “estadualizar” a campanha ampliando seu foco para além das questões municipais, Paes posiciona o governador como um adversário a ser enfrentado, já antecipando uma eventual disputa pelo governo do Rio de Janeiro em 2026.

João Campos

João Campos, reeleito prefeito de Recife com 78,11%, também desponta como uma figura forte para a disputa pelo governo de Pernambuco em 2026, onde poderá enfrentar Raquel Lyra (PSDB), atual governadora do Estado. Filho de Eduardo Campos, ex-governador e candidato à Presidência em 2014, que morreu em um acidente de avião, e bisneto de Miguel Arraes, um dos maiores nomes da política pernambucana, João carrega um importante legado familiar, que o consolidou como um dos principais líderes do campo progressista no Nordeste.

Com apelo tanto à esquerda quanto à direita do eleitorado e como parte da nova geração de políticos que domina a comunicação nas redes sociais, João Campos usou seu capital político e sua popularidade participando de palanques de aliados em diversos municípios do Estado, especialmente onde apadrinhados de Raquel Lyra concorriam – reforçando o objetivo de pavimentar seu caminho para 2026.

A expectativa agora é que o prefeito participe de carreatas nas cidades onde houver segundo turno, fortalecendo sua base de apoio e garantindo a eleição de aliados, com o intuito de construir uma rede sólida de palanques para daqui a dois anos.

Bruno Reis

Reeleito prefeito de Salvador com 78,67%, Bruno Reis surge como um nome forte para a disputa pelo governo da Bahia em 2026, cuja hegemonia está nas mãos do PT há 18 anos. Político de grande influência no Estado, Reis consolidou sua carreira ao lado de seu padrinho político, ACM Neto, ex-prefeito da capital e uma das figuras mais influentes da política baiana. Durante sua gestão, Reis fortaleceu sua imagem de gestor eficiente, ampliando sua popularidade em Salvador e em outras regiões do Estado. Recentemente, em um comício na capital baiana, o próprio Reis não descartou a possibilidade de disputar o governo estadual nas próximas eleições.

JHC

João Henrique Caldas (JHC), reeleito prefeito de Maceió com 83% dos votos, se projeta como um nome forte para concorrer ao governo de Alagoas em 2026. Com o apoio de Arthur Lira (Progressistas), presidente da Câmara dos Deputados e uma figura de grande influência tanto na política alagoana quanto no cenário nacional, JHC se consolidou como uma liderança de peso no Estado.

De olho nas eleições de 2026, ele fez uma escolha estratégica ao selecionar o senador Rodrigo Cunha (Podemos) como vice em sua chapa, antecipando a possibilidade de deixar a prefeitura nas mãos do aliado caso decida se lançar ao governo estadual. Essa manobra reforça sua influência em Maceió, a ponto de abrir mão de uma indicação de Lira para compor a candidatura.

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