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terça-feira 13 de maio de 2025 às 08:40h

PF mira empresários, operadores e laranjas em esquema de compra de sentenças no STJ

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Investigação aponta rede de corrupção envolvendo negócios bilionários e decisões manipuladas no Judiciário

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã de terça-feira (13) mais uma fase da operação que investiga um esquema de compra de decisões judiciais em tribunais superiores, com foco no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desta vez, a PF mira empresários, operadores financeiros e laranjas suspeitos de integrar uma rede criminosa sofisticada voltada à manipulação de sentenças em processos de alto impacto econômico.

De acordo com os investigadores, o grupo atuava para garantir decisões favoráveis a empresas e indivíduos investigados, em troca de altas quantias em dinheiro. Os alvos da operação são suspeitos de promover, intermediar e ocultar o pagamento de propinas por meio de esquemas de lavagem de dinheiro, uso de offshores e movimentações em nome de laranjas.

Operação em sigilo e novas fases previstas

A PF não revelou os nomes dos investigados nesta etapa por conta do sigilo judicial que protege a apuração em curso. No entanto, fontes ligadas ao caso indicam que a investigação atinge figuras influentes do mundo empresarial e político, além de operadores com acesso privilegiado a gabinetes no STJ.

A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com base em indícios robustos colhidos em fases anteriores. As buscas ocorreram em vários estados, com apreensão de documentos, dispositivos eletrônicos e bloqueio de bens dos suspeitos.

“Trata-se de uma estrutura criminosa com alto grau de organização e sofisticação, voltada à captura indevida do sistema judiciário para favorecer interesses particulares em detrimento do interesse público”, afirmou um dos delegados envolvidos na ação.

Corrupção sistêmica e empresarial

O relatório da PF aponta que o esquema teria funcionado durante anos, envolvendo acordos espúrios entre empresários com processos em curso e operadores ligados a membros do Judiciário. A troca era clara: dinheiro por decisões judiciais moldadas sob encomenda.

A prática se tornou ainda mais perigosa, segundo os investigadores, por envolver grandes disputas fiscais, ambientais e comerciais, com impacto direto sobre políticas públicas, receitas tributárias e regulações estratégicas.

A investigação ainda está em curso, mas a PF já fala em um dos maiores escândalos de corrupção no Judiciário brasileiro, com ramificações que podem ultrapassar os limites do STJ e alcançar outras esferas do sistema de Justiça e da política nacional.

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