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segunda-feira 21 de fevereiro de 2022 às 06:47h

Pacote bilionário de rodovias vai movimentar o mercado

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Um pacote bilionário de rodovias, entre leilões e aquisições, movimentará segundo o jornal Valor o mercado em 2022. Ao menos nove licitações estão marcadas para este ano, com previsão de investimentos de R$ 80 bilhões. Em paralelo, há três negociações em curso na iniciativa privada, que devem envolver, no mínimo, R$ 12 bilhões.

O fundo soberano Mubadala e a AB Concessões – que tem as companhias Bertin e Atlantia como sócias – estão em processo de venda de seus ativos em rodovias. O acordo mais avançado, no entanto, é o da fatia da Andrade Gutierrez (AG), empreiteira muito endividada, no grupo CCR. Segundo fontes, a participação da AG no grupo vale cerca de R$ 3,7 bilhões, mas sem o prêmio de controle do negócio.

O BTG tem o mandado dessa negociação, além da operação do Mubadala na Rota das Bandeiras – que administra o Corredor Dom Pedro, no Estado de São Paulo – e da participação de 50,01% da Atlantia na AB Concessões. A transação dos 49,99% que pertencem ao Bertin é assessorada pela XP.

A expectativa do fundo soberano, de acordo com fontes, é fazer a rotação de ativos e fechar o negócio por R$ 4 bilhões. As fatias do Bertin, empresa em recuperação judicial, e da Atlantia são consideradas as mais complexas, apurou o Valor, por falta de consenso de acionistas para vender em bloco suas participações. Dos três ativos sob gestão da AB, apenas a concessionária Colinas, que corta cidades como Campinas e Piracicaba, no interior paulista, é vista como atraente e pode render R$ 4 bilhões.

Apesar de passivos regulatórios serem desafios à venda de concessões, as aquisições servem de porta de entrada no setor. A Monte Partners, por exemplo, criou plataforma para o segmento a partir da compra de concessões da Odebrecht no Nordeste. Agora já se prepara para participar de leilões, diz Julio Zogbi, fundador da gestora.

Para os próximos certames, uma questão é atrair novos operadores. Marco Aurélio Barcelos, da Associação de Concessionárias de Rodovias, diz que é um fator a ser considerado pelos governos. Procuradas, as empresas não se manifestaram.

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