Autoridades do setor de aviação da Ásia estão defendendo uma ação global para reduzir os danos causados por turbulência, com recentes incidentes de alta relevância motivando pedidos para melhorar a previsões, em um encontro do setor em Montreal que começou nesta segunda-feira (26).
Por mais que turbulência não gere frequentemente mortes, é a maior causa de acidentes no ar, de acordo com a agência de aviação da ONU, e padrões severos de temperatura trazidos por conta do aquecimento global poderiam gerar mais incidentes, afirmam especialistas.
O tema é um dos vários sendo discutidos por reguladores globais na conferência da Organização Internacional da Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), que acontece até o dia 6 de setembro.
Preocupações relacionadas com a turbulência ganharam força com o voo para Londres da Singapore Airlines que causou uma morte e dezenas de feridos.
Países como Japão, Coréia do Sul e Cingapura querem adicionar a turbulência no plano de segurança global de aviação da Icao de 2026, que destaca as prioridades do setor, de acordo com as atas do evento. A Icao disse que a decisão vai ser tomada pelos seus 193 membros na assembleia trianual marcada para o ano que vem.
Turbulências foram responsáveis por 40% de todos os acidentes envolvendo grandes aeronaves em operações comerciais agendadas, segundo o relatório de segurança da Icao de 2024.