As temperaturas extremas levaram ao fechamento nesta quarta-feira (2) de escolas, cancelamento de atividades ao ar livre e até mesmo à suspensão da visitação ao topo da Torre Eiffel em Paris.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou o fenômeno como um “assassino silencioso”, alertando que o calor intenso está se tornando mais frequente e severo devido às mudanças climáticas induzidas por atividades humanas. Clare Nullis, porta-voz da OMM, afirmou: “É algo com o qual temos que aprender a conviver.”
Situação por país:
- França: O país registrou seu junho mais quente desde 1900. Em Paris, os termômetros atingiram 42°C, e mesmo com uma leve queda, a temperatura ainda se mantinha em 36°C nesta terça-feira (2). Mais de 2.200 escolas foram fechadas. Houve ao menos 300 atendimentos por insolação, resultando em duas mortes, incluindo a de uma menina de dez anos.
- Espanha: Além do calor extremo, com registros de até 46°C em Huelva, o país enfrenta incêndios florestais. Em Lérida, Catalunha, duas pessoas morreram devido ao fogo, que forçou o confinamento de 14.000 indivíduos. Uma criança de dois anos também faleceu em Tarragona após ser deixada em um carro estacionado sob o sol.
- Portugal: A cidade de Mora bateu um recorde nacional para o mês de junho, registrando 46,6°C. A região do Alentejo tinha previsão de até 40°C nesta terça-feira (2), com a população enfrentando dificuldades para lidar com o calor intenso.
- Alemanha: As altas temperaturas se espalharam para o leste, com Berlim se aproximando dos 39°C, mais de 15°C acima da média histórica. Em algumas regiões, foi decretado “hitzefrei”, uma medida que dispensa os alunos das aulas em dias de calor extremo.
Turquia e Itália: Ambos os países também registraram mortes relacionadas ao calor.