O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 3,4% em 2024, na comparação com o ano anterior, impulsionado pelo consumo das famílias, segundo divulgou nesta sexta-feira (7) o IBGE.
Foi a maior expansão anual da economia desde 2021, ficando acima das taxas de 3,0% e 3,2% em 2022 e 2023 respectivamente.
Veja abaixo o desempenho dos principais componentes do PIB:
- Serviços: 3,7%
- Agropecuária: -3,2%
- Indústria: 3,3%
- Construção: 4,3%
- Comércio: 3,8%
- Consumo das famílias: 4,8%
- Consumo do governo: 1,9%
- Investimentos: 7,3%
- Exportações: 2,9%
- Importação: 14,7%
Consumo puxa a alta do PIB
O destaque do ano foi o consumo das famílias, que avançou 4,8% em relação a 2023, acima do resultado do PIB do ano. Outro destaque foi o investimento, que apesar de ter crescido mais (7,3%), tem peso menor que o consumo das famílias na composição do resultado das contas nacionais. Já o consumo do governo teve crescimento de 1,9%.
Apesar do crescimento robusto do PIB, importante destacar que o ano também foi marcado pela alta da inflação, escalada das taxas de juros e aumento dos gastos do governo.
“Para o consumo das famílias tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, afirma Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Agropecuária teve queda
Entre os setores, o crescimento foi sustentado pelo desempenho de dos Serviços e da Indústria que, em comparação a 2023, cresceram 3,7% e 3,3% respectivamente. Já a Agropecuária sofreu queda de 3,2%.
Em meio a demanda doméstica aquecida, as Importações de Bens e Serviços apresentaram alta de 14,7% em 2024, enquanto as Exportações cresceram 2,9%.
A taxa de investimento em 2024 foi de 17% do PIB, contra 16,4% em 2023. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024, ante 15,0% em 2023.
Apesar do crescimento robusto da economia brasileira em 2024, a expansão do Produto Interno Bruto perdeu mais força do que o esperado no quarto trimestre em meio a uma política monetária restritiva que se prolonga para 2025.
A expectativa do governo era de uma expansão de 3,5%.
No 4º trimestre, o PIB expandiu 0,2% sobre os três meses anteriores, numa leitura que ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,5% na comparação trimestral.