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sábado 23 de abril de 2022 às 10:14h

O que falta para PT e PSD selarem a aliança?

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Segundo maior colégio eleitoral do país, Minas Gerais é uma peça crucial para o xadrez de Luiz Inácio Lula da Silva visando as eleições de outubro, conforme a coluna de Malu Gaspar. Desde a redemocratização, nenhum presidente da República foi eleito sem vencer no estado.

Por isso as negociações para uma aliança com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), que vai se candidatar ao governo do Estado, são prioridade para o petista.

As conversas estão avançadas e um acordo até já poderia ter sido feito, não fosse por um “detalhe”: decidir com quem fica a vaga de candidato ao Senado na chapa com Kalil.

O PSD defende que o candidato seja o senador Alexandre Silveira, que coordenou a campanha de Rodrigo Pacheco em 2018 e foi seu chefe de gabinete.

Silveira era suplente de Antonio Anastasia e assumiu o cargo de senador em fevereiro, após a ida dele para o Tribunal de Contas da União (TCU). Confirmar a candidatura de Silveira é uma das condições de Pacheco para avalizar o acordo entre Kalil e Lula.

Já o PT quer na disputa para o Senado o deputado federal Reginaldo Lopes, que está em seu quinto mandato na Câmara.

À equipe da coluna, Kalil admite que a formalização da aliança depende de uma solução para a vaga do Senado, embora diga que não há pressa para escolher o nome

“Nada mais democrático que cada partido defenda o seu candidato. É super normal. Infelizmente a lei não permite ter dois (na mesma chapa)”, afirmou o ex-prefeito por telefone. “Temos que chegar a um acordo qualquer, com todo mundo conversando: o Lula, (Gilberto) Kassab, eu, o próprio Alexandre, o Pacheco, o Reginaldo”.

Em defesa de Lopes, os petistas argumentam que ele vem aparecendo como favorito nas pesquisas de opinião.

Dizem, segundo a colunista Malu Gaspar, que o partido de Gilberto Kassab já domina o cenário mineiro e já terá Kalil na cabeça da chapa. Com a renúncia, o vice de Kalil, Fuad Noman, que também é do PSD, ficou na prefeitura de BH. Além disso, o próprio Pacheco está no Senado e no comando do Congresso.

Segundo aliados de Lula, Pacheco fez chegar ao petista seu apoio à reeleição de Silveira e recados de que a costura da aliança “Lulil” também deveria incluir o apoio do PT à sua recondução ao comando da Casa, em fevereiro de 2023.

Por enquanto, não há expectativa de que a aliança entre PSD e PT deslanche tão cedo.

NO PSD, a avaliação é de que a entrada do senador Carlos Viana, que deixou o MDB para se filiar ao PL de Jair Bolsonaro, atrai eleitores bolsonaristas e tira votos do governador Romeu Zema (Novo), que por enquanto é o favorito nas pesquisas.

Com isso, a pressão para uma deliberação urgente diminuiu. Antes, havia a apreensão de que a popularidade de Zema no interior se sobrepusesse à força de Kalil, menos conhecido fora de Belo Horizonte.

Mas o próprio ex-prefeito admite que a aliança poderia lhe render frutos no interior, ao passo em  garantiria a Lula um palanque de peso, com a estrutura e a força do PSD no estado.

“O Lula disse eu repito as palavras dele: tem que ter muito cuidado para se conversar na política. E como ele próprio disse, eu preciso do Lula e ele de mim. Agora, a qualquer custo, nem eu vou (fechar aliança), e eu acredito que o Lula também não vá”, declarou Kalil ao blog.

Em 2018, Kalil, então filiado ao extinto PHS, apoiou publicamente a candidatura de Ciro Gomes (PDT) ao Planalto – seu partido compôs oficialmente com Henrique Meirelles (MDB).

No início do mês, o pedetista e seu irmão, o senador e correligionário Cid Gomes (CE) se reuniram com Pacheco. Nas redes sociais, o presidente do Senado afirmou que Ciro demonstrou “profundo conhecimento” sobre as soluções para os problemas do país.

Questionado sobre se haveria chance de um apoio ao pedetista, Kalil se mostrou mais próximo de Lula e argumentou que seu apoio ao  petista se justificaria mais pelo contexto socioeconômico do país do que por aliança partidária. Mas não fechou as portas para Ciro:

“Estou procurando quem mais se aproxima do meu posicionamento humano, que é quem defende vacinar e não deixar a população passar fome. Isso não é um espectro ideológico, é humanitário, um campo de quem se preocupa com quem tá comendo osso. O Ciro (também) tem esse espectro social, humano”.

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