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quarta-feira 4 de março de 2020 às 18:08h

Número de contêineres que saem da China cai de 50 mil para 2 mil

MUNDO, NOTÍCIAS


As três semanas em que as atividades portuárias chinesas ficaram praticamente paradas entre o Ano-Novo chinês e meados de fevereiro resultaram em uma queda de aproximadamente 96% no movimento de contêineres que deixam o país com equipamentos eletrônicos, peças e produtos de plásticos.As diversas restrições impostas pelo governo do gigante asiático na tentativa de conter o surto do novo coronavírus derrubaram o tráfego de uma média de 50 mil para 2.000 o total de contêineres desembarcados diariamente.

Isso ocorreu principalmente porque não havia quem fizesse o trabalho. Em condições normais de operação, os navios cargueiros levam cerca de duas semanas para serem completamente descarregados. Com menos motoristas de caminhão e operadores de guindastes na ativa, o descarregamento ficou engarrafado, travando também o processo inverso. Mesmo ao fim do feriado estendido, muitos operários não conseguiram voltar ao trabalho. Com isso, ficou mais difícil carregar os contêineres que deixariam os portos chineses rumo a países como o Brasil.

Desde o Ano-Novo chinês, em 25 de janeiro, 160 viagens de navios cargueiros foram canceladas. Para o Brasil, 9 deixaram de ser feitas, de 28 escalas planejadas. Em média, quatro navios zarpam da China a cada semana. Leandro Barreto, sócio da consultoria Solve Shipping, diz que a redução nos envios ao Brasil foi de 32%, em linha com a média mundial. Dessas 28 viagens previstas, 19 estão a caminho do país e, segundo o consultor, devem chegar com menos produtos.

“Os terminais ficaram parados e com capacidade reduzida por três, quase quatro semanas. Como não havia como embarcar mercadoria, os armadores começaram a cancelar viagens”, diz Barbato. Os armadores são as empresas que contratam as viagens. Além de um potencial efeito sobre linhas de montagem da indústria nacional na Zona Franca de Manaus e no comércio popular de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, esse volume menor de contêineres deverá afetar também o envio daquilo que o país exporta, como madeira e celulose.

Fernanda Brigatti / Folhapress

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