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quinta-feira 28 de novembro de 2024 às 15:56h

Novo míssil hipersônico da Rússia “transforma tudo em pó”, diz Putin

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou nesta quinta-feira (28), de acordo com a Reuters, sobre o novo míssil hipersônico Oreshnik, que foi usado recentemente em um ataque contra a Ucrânia.

Putin afirmou que o Oreshnik era comparável a uma arma nuclear em termos de seu poder destrutivo e “atomizaria” tudo no ponto de impacto. Ainda assim, destacou que não carregaria uma ogiva nuclear ou espalharia contaminação radioativa.

“Deixe-me lembrá-lo mais uma vez como o ‘Oreshnik’ funciona, já que você perguntou. Dezenas de ogivas, ogivas teleguiadas, atacam o alvo a uma velocidade de 10 Machs, o que é cerca de três quilômetros por segundo. A temperatura dos elementos de impacto atinge 4 mil graus”, comentou.

“Se minha memória não me falha, a temperatura na superfície do Sol é de 5,5 ou 6 mil graus. Portanto, tudo o que está no epicentro da explosão é dividido em frações, em partículas elementares, essencialmente, transformadas em pó”, advertiu.

A fala aconteceu durante uma reunião dos líderes da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) liderada pela Rússia em Astana, no Cazaquistão.

Especialistas em segurança do Ocidente dizem que o míssil, como muitos outros no arsenal da Rússia, pode ser equipado com uma ogiva nuclear.

A Ucrânia pontuou que o Oreshnik, disparado em 21 de novembro, atingiu uma velocidade máxima de 13.600 km/h, mas fontes informaram que ele carregava ogivas falsas, não explosivos reais.

Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

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