Uma nova investigação da Polícia Federal revelou um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que pode ter causado um prejuízo de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos. O que chama ainda mais atenção é que nomes já investigados durante a CPI da Covid aparecem agora como suspeitos de envolvimento nesse novo escândalo.
Segundo informações divulgadas pela PF e pelo Ministério da Previdência Social, o esquema envolvia a concessão fraudulenta de benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, com a participação de servidores públicos, atravessadores e até políticos. O grupo teria manipulado dados, falsificado documentos e utilizado sistemas internos do INSS para liberar os pagamentos de forma irregular.
Entre os suspeitos, estão figuras que ganharam notoriedade durante a CPI da Covid-19, realizada em 2021, que investigou irregularidades na gestão da pandemia e na aquisição de vacinas. Agora, esses mesmos nomes são relacionados a um novo ciclo de investigações que envolve corrupção, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
As conexões entre os dois casos ainda estão sendo aprofundadas pelos investigadores, mas a reincidência de certos nomes levanta sérias dúvidas sobre a atuação de determinados grupos dentro da máquina pública. A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) também acompanham o caso de perto.
A operação, batizada de “Falso Egide”, é considerada uma das maiores já realizadas contra fraudes previdenciárias no Brasil. A expectativa é que novas fases da apuração revelem o alcance total da rede criminosa, que pode envolver centenas de pessoas e movimentações financeiras milionárias.
O governo federal já anunciou medidas para reforçar os controles no INSS e evitar novas fraudes. Enquanto isso, o país assiste a mais um capítulo que combina corrupção, desvio de verba pública e nomes conhecidos do cenário político.