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terça-feira 21 de maio de 2019 às 11:01h

MPF não deve se tornar órgão partidário ou agência de governo, diz candidato à procurador-geral da República

JUSTIÇA


O candidato à lista tríplice para procurador-geral da República, Vladimir Aras, não quer que o Ministério Público Federal (MPF) se torne um órgão partidário e tampouco em uma agência de governo. Ele, que quer ocupar o posto de Raquel Dodge, afirma que a missão do MPF, de defender e tutelar direitos, “deve ser cumprida com eficiência, mas também com observância dos limites constitucionais de nossa atuação”. Para ele, os órgãos do Sistema de Justiça “não podem substituir-se aos poderes eleitos”.

A eleição em que Aras disputará é realizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Desde 2003, a ANPR realiza a eleição da lista tríplice para a vaga de procurador-geral da República e a encaminha para o presidente para que a escolha seja feita. O presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que não deve escolher um indicado da lista, por não ser uma obrigação prevista na Constituição Federal. Vladimir Aras afirma que a lista é importante por tornar a escolha do ocupante do cargo mais republicana.

Na entrevista ao G1, Aras destacou a importância da Operação Lava Jato e de outras no combate à corrupção. O candidato afirma que as medidas para combater os crimes do colarinho branco são fundamentais para que os “governos disponham de recursos públicos para promover investimentos em saúde, educação, infraestrutura e segurança”. Ainda na entrevista, defendeu que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) permaneça no Ministério da Justiça, sob comando do ministro Sergio Moro. “O mais importante para a defesa da privacidade e da presunção de inocência, é que o Coaf tenha uma forte cultura de confidencialidade, o que sempre teve e continua a ter, e uma rigorosa política de proteção de dados, para evitar vazamentos ou manipulação”, defendeu Aras.

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