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terça-feira 15 de dezembro de 2020 às 09:12h

MPF aponta seis “núcleos criminosos” no Tribunal de Justiça da Bahia

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O Ministério Público Federal (MPF) aponta seis “núcleos criminosos” comandados por desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) na Operação Faroeste. Foram presas temporariamente nesta última segunda-feira (14) as desembargadoras Lígia Maria Cunha Lima e Ilona Reis.

Foram afastados do cargo, por um ano, o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, sua chefe de gabinete Gabriela Macedo, e a promotora Ediene Lousado, ex-procuradora-geral de Justiça da Bahia. Maurício e Gabriela foram exonerados nesta terça-feira (15) conforme Diário Oficial do Estado.

O núcleo de Lígia Maria seria operado por seus filhos Rui Carlos Barata Lima Filho e Arthur Gabriel Barata Lima, além do advogado Diego Ribeiro, enquanto o grupo de Ilona teria os advogados Marcelo Junqueira Ayres Filho e Fabrício da Veiga como operadores. O núcleo da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, alvo anterior da operação, teria seu filho Vasco Rusciolelli como operador; e o do desembargador Ivanilton Santos da Silva, também afastado do cargo nesta segunda, seria operado pelo filho Ivanilton Santos da Silva Júnior. Também são citados grupos de Gesivaldo Britto e o de Maria do Socorro Barreto Santiago, ambos ex-presidentes do tribunal.

Filha de Maria do Socorro, a ex-cantora da Timbalada Amanda Santiago foi um dos alvos dos 16 mandados de busca e apreensão cumpridos nesta segunda. De acordo com a investigação, Amanda fez movimentações atípicas, na ordem de R$ 8 milhões, mesmo com renda declarada de apenas mil reais.

Em sua decisão, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), escreveu que “o conjunto probatório colacionado aos autos revela a suposta existência de uma engrenagem judicial criminosa no seio do Tribunal de Justiça baiano, que possui a venda de decisões como mercadoria para o enriquecimento ilícito em escala geométrica”.

Conforme o MPF, a corrupção sistêmica “não parou” após a deflagração da Faroeste, em novembro do ano passado, e que, pelo contrário, “a concorrência diminuiu” com o afastamento dos desembargadores Gesivaldo Britto, Maria do Socorro Barreto Santiago, Sandra Inês Rusciolelli, Maria da Graça Osório e José Olegário Caldas.

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