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Monte Rinjani, na Indonésia — Foto: Skyseeker/Flickr/Creative Commons
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terça-feira 24 de junho de 2025 às 17:57h

Monte Rinjani registra 8 mortes e 180 acidentes em 5 anos; local onde brasileira caiu é considerado de alto risco

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O Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia, e cenário do acidente que vitimou a brasileira Juliana Marins, é um destino turístico conhecido por sua beleza natural e também por sua periculosidade. Dados oficiais divulgados por autoridades locais revelam que, nos últimos cinco anos, o parque nacional onde está situado o vulcão registrou ao menos 8 mortes e 180 acidentes com visitantes que tentavam completar a trilha.

As estatísticas reforçam os alertas sobre os riscos envolvidos nas trilhas do Monte Rinjani, que exigem alto preparo físico, equipamento adequado e orientação especializada. A informação foi confirmada pela administração do parque e ganhou destaque após a tragédia com a brasileira, que desapareceu no último sábado (21) e foi encontrada sem vida dias depois em uma encosta de difícil acesso.

Trilha desafiadora

O percurso que leva ao topo do Monte Rinjani, a mais de 3.700 metros de altitude, é considerado um dos mais desafiadores do Sudeste Asiático. A trilha inclui trechos íngremes, instáveis e escorregadios, especialmente durante a estação chuvosa ou em áreas com neblina. Embora milhares de turistas completem o trajeto anualmente, as condições adversas frequentemente resultam em acidentes.

Especialistas em turismo de aventura alertam que a falta de regulamentação rigorosa, a ausência de infraestrutura de emergência e a fiscalização limitada agravam os riscos. Guias turísticos locais frequentemente atuam sem certificação, e a comunicação via internet ou rádio em muitas áreas da trilha é inexistente.

Caso Juliana Marins reacende debate

A morte de Juliana Marins, que fazia um mochilão pela Ásia, comoveu o Brasil e expôs a lentidão no resgate e a falta de recursos locais para socorrer vítimas em áreas de difícil acesso. A brasileira caiu de uma altura de aproximadamente 300 metros e passou dias isolada até que uma equipe de resgate, com auxílio de drones, localizou seu corpo.

A repercussão do caso gerou críticas ao governo indonésio e levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a manifestar pesar pela morte da brasileira e a oferecer apoio consular à família.

“Infelizmente, Juliana não foi a primeira, e dificilmente será a última, se medidas não forem tomadas”, disse um dos socorristas voluntários que atuam na região.

Autoridades prometem revisão

Em resposta às críticas, representantes do Parque Nacional do Monte Rinjani afirmaram que irão revisar os protocolos de segurança e estudar a implementação de novas medidas, como controle de visitantes, exigência de equipamentos mínimos e reforço no treinamento de guias.

No entanto, organizações locais afirmam que tais mudanças dependem de investimentos do governo central, que ainda são limitados para áreas de ecoturismo.

Enquanto isso, familiares de Juliana e ativistas do setor pedem maior responsabilização das autoridades indonésias e uma ação conjunta com outros países para garantir a segurança de turistas estrangeiros em trilhas de alto risco.

Monte Rinjani em números (últimos 5 anos):

  • 8 mortes registradas
  • 180 acidentes documentados
  • Altitude: 3.726 metros
  • Tempo médio da trilha: 2 a 4 dias
  • Período de maior risco: entre dezembro e abril (chuvas e neblina)

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