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segunda-feira 14 de março de 2022 às 11:53h

Melhora de Bolsonaro se deve mais à volta de eleitor perdido do que Auxílio

DESTAQUE, NOTÍCIAS, POLÍTICA


A ligeira melhora de Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas tem, segundo Thaís Oyama, colunista do UOL, um componente esperado, que é o reflexo positivo na imagem do governo resultante do repasse de R$ 400 mensais do Auxílio Brasil a 17,5 milhões de famílias brasileiras iniciado em janeiro. Isso já estava na conta de pesquisadores, governo e oposição.

É outro componente, porém, que vem influenciando mais nitidamente a oscilação positiva de Bolsonaro nas pesquisas — e ele não tem a ver com o humor dos eleitores mais pobres e nem com o Auxílio Brasil.

O esquadrinhamento das últimas pesquisas evidencia que, no Nordeste, a região que concentra o maior número de beneficiários do programa de transferência de renda, Bolsonaro praticamente só parou de cair. Onde ele subiu de fato, e fora da margem de erro, foi nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, sobretudo entre brasileiros das classes econômicas A e B.

Para pesquisadores, o fenômeno reflete o seguinte movimento: eleitores de classe média que votaram em Bolsonaro em 2018 e que haviam se distanciado dele na esperança de abraçar um candidato que não fosse nem o presidente e nem Lula, agora, desanimados por não terem encontrado esse nome, retornam para os braços do ex-capitão. Evidentemente, está se falando aqui do segmento de brasileiros de convicções firmemente antipetistas — aqueles que afirmam não votar no ex-presidente Lula “de jeito nenhum” (42%, segundo o último levantamento do Ipespe).

Ainda faltam pedras no tabuleiro eleitoral, e a última será (ou não) colocada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que decidirá até o dia 2 de abril se irá para o PSD engrossar a fileira de candidatos a candidatos à Presidência. A partir dessa decisão, e fechada a janela partidária de abril, terá início a temporada de negociações e alianças entre os partidos, que ainda pode resultar numa convergência de nomes no campo da chamada terceira via.

Até o momento, porém, os contendores visíveis no ringue seguem sendo Lula e Bolsonaro — ou, mais precisamente, a Rejeição ao Governo x a Rejeição ao PT.

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