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sexta-feira 29 de julho de 2022 às 08:38h

Maioria dos partidos prioriza deputados na divisão do Fundão; confira a lista

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Diante de um cenário polarizado na eleição presidencial, a maioria dos partidos que vão às urnas em outubro reservou mais verbas de campanha conforme a Mariana Muniz, Camila Zarur, André de Souza e Bruno Góes, do jornal O Globo, para eleger deputados do que outros cargos. Das 31 legendas que receberão recursos do fundo eleitoral, ao menos 16 já aprovaram ou devem aprovar resoluções em que estabelecem as candidaturas proporcionais como prioridade. Em alguns casos, como no Republicanos, até 95% do dinheiro será destinado para as disputas no Legislativo.

Apenas o PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, e o PDT, de Ciro Gomes, instituíram a corrida pelo Palácio do Planalto e por governos locais como foco principal dos investimentos. O PL, do presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, não estabelece critério objetivos de divisão de recursos, deixando a decisão de quais candidatos devem ou não receber ao comanda da sigla, que tem Valdemar Costa Neto à frente.

Segundo dirigentes partidários ouvidos pelo GLOBO, a estratégia tem objetivos distintos. Nas siglas maiores, eleger uma bancada numerosa é considerado fundamental para que possam continuar a dar as cartas no Congresso, independentemente de quem ocupar o Palácio do Planalto a partir de 2023. Nas siglas do Centrão, por exemplo, apenas o PL não deixa claro que a eleição de parlamentares é sua prioridade.

Outro fator considerado pelas cúpulas das legendas é que, pela lei, o desempenho na disputa pela Câmara também define quanto cada sigla receberá de recursos públicos nos próximos quatro anos. Ou seja, quanto mais deputado eleger, mais rico o partido vai ficar.

Enquanto isso, nas legendas menores, investir na eleição para o Congresso é questão de sobrevivência. Alguns partidos, em vez de definir uma porcentagem específica, incluíram nos documentos enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que a distribuição de recursos internamente terá como objetivo superar a cláusula de barreira, regra que limita a atividade de legendas e a deixam sem acesso a recursos públicos caso não atinjam um patamar mínimo de votos para a Câmara. Na prática, prevê prioridade em eleger deputados federais.

Até mesmo o Avante, que lançou André Janones na corrida pelo Palácio do Planalto, abre a possibilidade de deixar seu candidato a presidente de bolso vazio para poder investir nas campanhas de deputados. Segundo resolução aprovada pela sigla no dia 11 deste mês, os recursos do fundo eleitorais “serão utilizados, prioritariamente, nas candidaturas ao cargo de deputado federal” para cumprir a cláusula de barreira. Para isso, “poderá ser utilizado até 100% dos recursos”.

A divisão dos recursos nos partidos

Dos 31 partidos que receberão dinheiro do fundo eleitoral neste ano, ao menos 16 já decidiram que prioridade será investir para eleger deputados

 

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