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sexta-feira 24 de junho de 2022 às 06:52h

‘Lula terá que mostrar quem é a equipe dele, quem estão com ele’, diz Ciro Nogueira

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Diante de uma vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas, que se mantém estável como revelou o novo levantamento do Datafolha divulgado ontem, o ministro-chefe da Casa Civil e presidente licenciado do PP Ciro Nogueira, ressaltou, em entrevista ao jornal Valor, que o “jogo ainda não começou”.

Segundo Nogueira, para vencer o pleito, basta ao presidente Jair Bolsonaro recuperar a parcela do eleitorado que votou nele em 2018, feito que espera realizar a partir da propaganda eleitoral, que começa em agosto, e quando a máquina partidária começar a operar.

O principal ministro de Bolsonaro admite que a inflação é o maior problema a ser enfrentado na campanha, e acrescenta que a alta dos combustíveis é o que mais impulsiona a escalada dos preços.

Apesar do favoritismo de Lula entre o eleitorado feminino, que é majoritário, Nogueira demonstra ceticismo quanto à escolha da deputada e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (MS), filiada ao PP, para a vaga de vice de Bolsonaro. Alega que, se Lula tivesse escolhido uma vice mulher, “a pressão [por Tereza] seria maior”.

Nogueira recebeu o Valor em seu gabinete no começo da semana, antes da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que desestabilizou a campanha bolsonarista. Procurado, ele não quis repercutir o episódio, e preferiu não comentar o resultado do novo Datafolha.

Licenciado da direção do partido, Nogueira afirmou que a meta do PP é eleger uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados, tendo no horizonte a recondução de Arthur Lira (AL) à presidência da Casa. “Queremos repetir ou tentar aumentar a bancada atual, hoje temos 57 deputados”. Ele incluiu Tereza Cristina na lista de cinco senadores que o PP espera eleger. Os outros são: Kátia Abreu (TO), Neri Geller (MT), Joel Rodrigues (PI) e Hiran Gonçalves (RR).

“A eleição ainda não começou. O que acontece é que o PT, antes de começar o jogo, já está na beira do campo, gritando: “Acaba, acaba”. E o juiz nem apitou o início. O grande medo do PT é a comparação. O Lula vai ter que mostrar quem é a equipe dele, quem são as pessoas que estão do lado dele. O que vai definir essa eleição vai ser isso. Numa CPI, ou numa discussão sobre a Petrobras, não dá para comparar a empresa nos dias de hoje, com o que era no tempo do PT. Hoje a Petrobras não tem nenhum escândalo. Você imagina que alguém vinculado à corrupção possa vir a resolver a inflação? Acho que o Brasil, pelo que eu conheço do eleitorado, não vai voltar ao ‘rouba, mas faz’.”

“O presidente vai ganhar bem. Eu tinha uma previsão de, que se não fosse a inflação, a gente ganharia no primeiro turno. A máquina eleitoral do presidente é muito maior. Hoje, nos 27 Estados, os candidatos do Lula só estão vencendo em cinco. Do PT, somente em dois Estados: São Paulo e Rio Grande do Norte. Os outros três são Maranhão, Paraíba e Pernambuco, e são de partidos aliados, não são do PT. Isso é significativo, pelo menos 80% do quadro de vereadores, prefeitos, deputados estão ao lado do presidente. Em qualquer projeção hoje no Congresso, é muito difícil a esquerda eleger mais de 130 deputados, eu falo de PT, PDT, Psol. Bolsonaro não tinha essa máquina na última eleição, ele contava com uns dez deputados no máximo. Essa estrutura partidária faz efeito numa eleição.”

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