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quarta-feira 1 de dezembro de 2021 às 14:06h

Lula prometeu a evangélicos não trabalhar contra André Mendonça no Senado

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Até Luiz Inácio Lula da Silva foi procurado pelas lideranças evangélicas que formaram uma força-tarefa para tentar garantir a nomeação do indicado de Jair Bolsonaro, André Mendonça, para o Supremo Tribunal Federal.

Uma dessas lideranças foi a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Outra foi a deputada federal Rejane Dias (PT-PI), mulher do governador do Piauí, Wellington Dias.

Além das duas, pastores e bispos que tem interlocução com o PT também pediram ao ex-presidente que ajudasse a garantir votos dos senadores do partido para Mendonça.

Lula, porém, disse conforme a coluna de Malu Gaspar, que a questão era uma “briga deles lá” do governo e que não iria se envolver. A bancada do PT tem seis senadores, cuja tendência, em princípio, é votar contra o ex-advogado-geral da União, não só por ser indicado por Jair Bolsonaro, mas também pelo fato de ele ser identificado com a defesa da Lava Jato.

Mendonça está sendo ouvido nesta quarta-feira (1) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deve ter seu nome submetido ao plenário em seguida.

Ao longo dos últimos dias, alguns desses senadores disseram aos cabos eleitorais de Mendonça que, se Lula não fizesse objeção, poderiam até votar a favor do ex-ministro.

Daí a iniciativa de procurar o petista – e a comemoração entre essas lideranças pelo fato de Lula ter sinalizado que não fará nada para atrapalhar Mendonça, o que obviamente não significa necessariamente que os petistas votarão a favor dele.

O cálculo de Lula é simples, escreveu Malu Gaspar: se não interessa ao PT ajudar o “terrivelmente evangélico” de Bolsonaro, fazer campanha contra tampouco contribuirá com a candidatura do petista à presidência da República.

Em 2018, os evangélicos foram fundamentais na eleição de Jair Bolsonaro, que com a indicação de Mendonça pretende garantir a fidelidade desse público. Para 2022, as pesquisas mostram que eles estão divididos entre Lula e Bolsonaro.

E na “guerra santa” em que se transformou o embate em torno da ida de André Mendonça para o Supremo, os evangélicos estão documentando e contabilizando cada promessa de voto, cada apoio público e cada gesto contrário.

Davi Alcolumbre (DEM-AP) que o diga. Eleito por um estado que tem 40% de evangélicos, ele vem enfrentando ataques e boicotes de pastores como Silas Malafia nas redes sociais desde que se colocou contra a indicação de Mendonça e se recusou a marcar a sabatina.

Nos bastidores, não só Malafaia, mas vários pastores e bispos, tem dito que, se depender deles, Alcolumbre não se reelege para o Senado no ano que vem.

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