O presidente Lula da Silva (PT) tem como prioridade para 2026 a eleição de aliados ao Senado Federal, além de sua própria reeleição. A estratégia visa neutralizar a maioria conservadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Casa, conforme revelado por fontes do governo.
Lula tem afirmado a aliados que está disposto a “trocar um governador por um senador”, demonstrando a importância que atribui à composição do Senado. O objetivo é impedir que Bolsonaro consiga eleger uma maioria que possa, por exemplo, aprovar o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em 2026, dois terços das 81 vagas do Senado serão renovadas, com cada estado elegendo dois novos senadores. A meta de Lula é eleger ao menos um aliado por estado, fortalecendo sua base no Congresso Nacional.
O presidente já iniciou sondagens a ministros que considera competitivos para concorrer ao Senado, mesmo que alguns demonstrem preferência por disputar o governo de seus estados. A estratégia demonstra a determinação de Lula em moldar a composição do Senado de acordo com seus interesses.
O Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, também trabalha para eleger ao menos metade dos 54 senadores que serão escolhidos em 2026. A disputa pela maioria no Senado promete ser acirrada e terá um impacto significativo no cenário político brasileiro nos próximos anos.
PL busca maioria no Senado para pautas conservadoras
A estratégia de Bolsonaro visa garantir a aprovação de pautas conservadoras e de extrema direita no Senado, com o apoio de uma maioria de seus aliados. A eleição de um número significativo de senadores ligados ao ex-presidente poderia facilitar a aprovação de projetos de lei e a escolha do próximo presidente da Casa.
A disputa pelo controle do Senado em 2026 se configura como um dos principais desafios políticos para Lula e Bolsonaro, com implicações diretas para o futuro do país. A composição da Casa Alta terá um papel crucial na definição dos rumos do Brasil nos próximos anos.