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segunda-feira 26 de agosto de 2024 às 19:25h

Lula e André Fufuca celebram desempenhos de atletas olímpicos em evento; assista

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Um grupo de atletas que fez parte da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi recebido na tarde desta segunda-feira (26), no Palácio do Planalto, pelo presidente Lula da Silva (PT), pelo ministro do Esporte, André Fufuca, e outras autoridades.

O encontro celebrou as conquistas brasileiras nos jogos da França e para reconhecer a importância do esporte e do apoio dado aos nossos atletas pelo Governo Federal.

Assista:

O presidente Lula da Silva disse que é preciso garantir que o país tenha política de incentivo ao esporte. “É importante que a gente tire muitas lições da nossa participação nos Jogos Olímpicos. Confesso que, quando conquistamos as olimpíadas para 2016 no Brasil, eu sonhava que o Brasil poderia se transformar em um grande potência olímpica”, admitiu Lula. “O tempo foi passando, e descobri que não basta boa vontade. É preciso ter política de investimento para que a gente possa ser essa potência olímpica.”

“Por décadas falamos que o Brasil era a pátria do futebol e hoje o Brasil é a pátria do futebol, só que do futebol feminino. Hoje o Brasil é a pátria do futebol feminino, do judô com a Bia, é a pátria da ginástica com a Rebeca Andrade, a Júlia e outros ateltas que fizeram o Brasil ser conhecido mundialmente pela ginástica. É a pátria do skate, do vôlei”, afirmou o ministro do Esporte. “É importante ter a certeza que está tudo dando certo, mas que pode melhorar e temos ambição de melhorar no futuro.”

O presidente reiterou a necessidade de se ter as escolas, desde o ensino fundamental, preparadas para a iniciação das práticas esportivas. “Nossas escolas não têm espaço, muitas têm uma quadra mal cuidada. Se você não tem as escolas preparadas para as pessoas que querem ser alguma coisa neste País com a prática esportiva, não vamos chegar aonde deveríamos.”

A ponderação de Lula antecedeu a explicação para a criação de políticas como o Bolsa Atleta, “como forma de preparar esse país para dar um salto de qualidade”. “Discutimos criar o Bolsa Atleta (há 20 anos) para dar às pessoas que estão iniciando a chance de ter pelo menos os equipamentos necessários.”

Lula disse que será feito um levantamento nas empresas públicas brasileiras para identificar quantas tem patrocínio para atletas olímpicos. “Porque é muito fácil querer patrocinar um time que é campeão, mas quero ver patrocinar um menino, uma menina da periferia desse País”, defendeu ao prometer se reunir com atletas para ouvir deles as demandas para o esporte no Brasil.

Um grande investimento

Pela primeira vez na história, as mulheres conquistaram mais medalhas que os homens. Dos 20 pódios – em 11 modalidades, com três ouros, sete pratas e dez bronzes –,12 vieram em competições femininas, incluindo os três ouros, além de pódio por equipes mistas, no judô. Dos 60 medalhistas brasileiros em Paris, 48 são mulheres.

Em comum a todas as conquistas nacionais, a presença do Bolsa Atleta, o programa de patrocínio direto do Governo Federal, que teve em 2024 o primeiro reajuste desde 2010.

Beatriz Souza, a Bia, medalha de ouro no judô acima de 78 quilos e bronze na disputa por equipe, disse que foi uma honra trazer uma medalha de ouro para o Brasil. “Quero agradecer ao Bolsa Podium, que transformou não só a minha vida, mas a de todos aqui. É um grande investimento que a gente pode ter na nossa carreira, na nossa vida. Fazemos muitas abdicações para estar aqui e nossa maior realização é estar num jogo olímpico representando o Brasil.”

O medalhista de bronze no taekwondo, Edvaldo Pontes, o Netinho, disse que o sentimento é de gratidão. “No começo da minha carreira foi muito importante porque precisei muito mostrar meu talento e eu não era tão bom de patrocínio. Então, o Bolsa Atleta foi o que me ajudou muito a conseguir viajar, ir bem nas competições e mostrar o meu potencial.”

“Foi o segundo melhor resultado na nossa história, só não fomos a frente de Tóquio que foram 21 medalhas, mas fomos a frente do Rio de Janeiro quando foram 19 medalhas. Então, estamos na média alta, mantendo o resultado e subindo sempre. Quero registrar a participação do governo do Brasil com seus programas implementados”, disse o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderlei.

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