terça-feira 24 de junho de 2025
Vista do submarino Tonelero durante seu lançamento na base naval de Itaguaí (RJ) Foto: Pablo Porciuncula/AFP
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quinta-feira 5 de junho de 2025 às 06:01h

Lula e almirante da Marinha assinam contrato para construção de submarino nuclear

MUNDO, NOTÍCIAS


O presidente da República, Lula da Silva (PT), e o comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, assinarão um contrato na França para a aquisição de chapas destinadas à construção do Submarino Nuclear Convencionalmente Armado (SNCA) Álvaro Alberto. A assinatura ocorrerá em Toulon, onde os dois visitarão uma base da Marinha e a empresa Naval Group, parte do consórcio responsável pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) do Brasil.

O SNCA Álvaro Alberto é o primeiro submarino nuclear construído por uma potência sem armas nucleares e será um importante instrumento de dissuasão para o Brasil, especialmente na proteção da Amazônia Azul, que abriga riquezas sob a jurisdição brasileira. A parceria entre Brasil e França para o desenvolvimento do submarino começou em 2008 e, com o novo contrato, a Marinha dará continuidade à construção, que teve início em outubro de 2023.

Atualmente, o Prosub prevê a construção de quatro submarinos convencionais e um nuclear. Até o momento, dois submarinos convencionais foram entregues: Riachuelo e Humaitá. O submarino Tonelero (S-42) foi lançado em 2024 e deve ser entregue ainda este ano, enquanto o Almirante Karam (S-43) está previsto para lançamento em 2025 e entrega em 2026, dependendo de cortes orçamentários.

Investimentos e Desafios

A Marinha estima que a terceira fase do Prosub, focada na construção do submarino nuclear, exigirá um investimento de até R$ 25 bilhões. O cronograma de entrega do SNCA permanece inalterado, com previsão de conclusão para 2033. A construção de submarinos é uma atividade rara globalmente, e a Marinha busca novas oportunidades de negócios, incluindo a exportação de submarinos convencionais para países da América do Sul.

A Marinha considera que, no cenário atual, não existe um mercado efetivo para a comercialização de submarinos nucleares. Além do Brasil, apenas a Austrália, também sem armas nucleares, deve contar com um submarino nuclear em sua frota, através do acordo AUKUS. A Marinha brasileira vê o caso do AUKUS como uma exceção e considera prematuro qualquer movimento semelhante no Brasil neste momento.

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