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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), criticou as medidas apresentadas pelo governo do presidente Lula da Silva (PT) para compensar o recuo na alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), por não preverem redução de despesas, e disparou contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “A cada reunião tenho certeza de que ele precisa ser substituído por um economista para cortar gastos”, declarou o deputado à Coluna do Estadão.
O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discutirá nesta terça-feira, 10, em reunião da bancada a estratégia que usará para tentar barrar o avanço das propostas anunciadas pelo chefe da equipe econômica.
Na noite de domingo, 8, após quase seis horas de debate com lideranças do Congresso, o governo informou que houve acordo para reduzir o aumento da alíquota do IOF e compensar compensar a perda de arrecadação com uma taxação maior sobre bets e outras medidas, entre elas a tributação de títulos de renda fixa hoje isentos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA).
O próprio presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), contudo, disse nesta segunda-feira, 9, que o Congresso não tem compromisso de aprovar as medidas sugeridas por Haddad.
O aumento do IOF foi anunciado em 22 de maio, causou polêmica no mercado financeiro e no setor produtivo e monopolizou a agenda do governo no Congresso desde então. No dia seguinte ao anúncio, houve o primeiro recuo da Fazenda, que revogou parte do decreto. Mas a oposição continuou pressionando Motta a pautar um projeto de decreto legislativo para derrubar a medida por completo.
