O juiz Edinaldo César Júnior foi encontrado morto neste último domingo (1º) em sua residência, localizada em um bairro nobre de Aracaju, capital de Sergipe. A morte do magistrado, que atuava na área criminal e era conhecido por decisões firmes no combate ao crime organizado, causou comoção no meio jurídico e político do estado.
Segundo informações preliminares da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, o corpo foi localizado por familiares no início da manhã, após Edinaldo não responder a ligações nem comparecer a compromissos profissionais. Equipes da Polícia Civil e da perícia técnica estiveram no local e isolaram a área para os primeiros levantamentos.
As circunstâncias da morte ainda não foram oficialmente confirmadas. A Polícia trabalha com diferentes linhas de investigação, incluindo a possibilidade de suicídio, mal súbito ou até mesmo envolvimento de terceiros. A hipótese de crime não está descartada, especialmente diante do histórico de atuação de Edinaldo em casos de alta complexidade.
De acordo com fontes ligadas ao Tribunal de Justiça de Sergipe, o juiz vinha conduzindo processos sensíveis envolvendo facções criminosas e políticos investigados por corrupção, o que levou autoridades a considerarem uma possível motivação relacionada à sua atividade profissional.
O Tribunal de Justiça do Estado divulgou nota lamentando profundamente o falecimento, destacando a “trajetória marcada pela retidão, coragem e compromisso com a Justiça”. O presidente da Corte, desembargador Marcos Vieira, decretou luto oficial de três dias e reforçou o apoio à família.
“Edinaldo era um magistrado íntegro e respeitado. Sua perda nos deixa consternados, e esperamos que a verdade sobre os fatos venha à tona com celeridade e transparência”, afirmou Vieira.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB-SE) também se manifestou em solidariedade à família e cobrou investigação rigorosa. Nos próximos dias, a Polícia deve ouvir testemunhas e analisar imagens de câmeras de segurança da região.