O governo do Irã confirmou, nesta segunda-feira (23), que realizou ataques contra bases militares americanas localizadas no Iraque e no Catar, em mais um capítulo da crescente escalada de tensões no Oriente Médio. De acordo com fontes da Casa Branca, mísseis foram disparados a partir do território iraniano em direção a instalações que abrigam tropas dos Estados Unidos.
Fontes do Departamento de Defesa americano informaram que os alvos incluem a base aérea de Al Udeid, no Catar — a maior instalação militar dos EUA no Oriente Médio — e posições no território iraquiano. O número de projéteis e a extensão dos danos ainda estão sendo avaliados pelas autoridades militares.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, e o presidente do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, acompanham a situação diretamente da Sala de Situação da Casa Branca. Um alto funcionário confirmou que havia preocupação, nas últimas semanas, com um possível ataque à base de Al Udeid, que abriga milhares de militares americanos e desempenha um papel estratégico nas operações dos EUA na região.
A base foi visitada recentemente pelo presidente Donald Trump, no dia 17 de maio, tornando-se o primeiro presidente americano a pisar no local desde 2003. Durante sua passagem, Trump fez um discurso de apoio às tropas e reforçou o compromisso de manter a presença militar no Golfo. “Nenhuma visita ao Golfo estaria completa sem parar para saudar as pessoas que mantêm os Estados Unidos seguros, fortes e livres”, declarou na ocasião.
A ofensiva iraniana ocorre em meio a um ambiente de forte tensão regional, agravado por recentes ações militares dos EUA contra instalações nucleares do Irã e pela aliança reforçada entre Washington e Tel Aviv. Nas últimas semanas, ataques aéreos americanos em território iraniano elevaram os alertas de retaliação por parte de Teerã.
Ainda não há informações sobre vítimas nos ataques desta segunda-feira. O Pentágono informou que está avaliando a extensão do impacto e deve divulgar um pronunciamento nas próximas horas.
Analistas alertam que a situação pode desencadear um novo ciclo de confrontos diretos entre Irã e Estados Unidos, com efeitos imprevisíveis para a segurança internacional e a estabilidade do Oriente Médio. O Conselho de Segurança da ONU deve ser convocado para discutir o episódio.