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domingo 22 de junho de 2025 às 12:54h

Gafe de Lula no exterior acende alerta no PT sobre campanha presidencial de 2026

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As recentes gafes cometidas pelo presidente Lula da Silva (PT) durante sua participação na cúpula do G7, no Canadá, acenderam um sinal de alerta dentro do Partido dos Trabalhadores. O episódio, que ganhou repercussão internacional e gerou comparações com o presidente norte-americano Joe Biden, foi interpretado por setores da oposição como um sinal de fragilidade do petista e já entra no radar de preocupações para a eleição presidencial de 2026.

Durante a tradicional foto oficial ao lado dos líderes mundiais, Lula se distraiu conversando com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e precisou ser alertado pelos demais chefes de Estado para olhar para a câmera. Em outro momento constrangedor, o presidente brasileiro interrompeu a fala do primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, após enfrentar dificuldades com seu aparelho de tradução simultânea.

Os episódios foram amplamente explorados nas redes sociais por parlamentares da oposição. Um dos mais duros foi o senador Sergio Moro (União Brasil), que declarou: “Lula mostra sinais de senilidade”. A crítica, ainda que agressiva, reflete uma linha de discurso que adversários políticos devem intensificar nos próximos anos, explorando a idade do presidente — que completará 80 anos em outubro deste ano. O presidente Donald Trump, com 79 anos, tem postura diferente.

Alerta dentro do PT

Embora lideranças do PT tentem minimizar o episódio, integrantes da cúpula do partido admitem, em conversas reservadas, que a questão da idade de Lula poderá ser usada como um dos principais pontos de ataque em 2026. Existe o receio de que deslizes como os ocorridos no G7 alimentem uma narrativa sobre eventual fragilidade física ou cognitiva do presidente.

Apesar do incômodo gerado internamente, Lula segue firme em seu propósito de disputar a reeleição. Em recente reunião com dirigentes petistas, o presidente teria afirmado: “Eu só perco essa eleição para mim mesmo”, reafirmando sua confiança pessoal e sua intenção de manter o protagonismo político nos próximos anos.

Comparações com Biden

A situação lembrou, inevitavelmente, os episódios semelhantes protagonizados por Joe Biden, que, sob intensa pressão sobre sua idade e desempenho, anunciou que não disputará a reeleição nos Estados Unidos. No entanto, Lula tem adotado uma postura diferente: ao contrário do democrata americano, ele reafirma publicamente que pretende concorrer novamente.

Estratégia em construção

A repercussão da gafe também acelerou discussões nos bastidores do PT sobre a estratégia de comunicação para os próximos anos. Há uma preocupação em blindar Lula de desgastes desnecessários e focar em agendas de impacto positivo — especialmente no Nordeste, onde o petista mantém forte apoio popular e fará viagens nas próximas semanas e meses.

A avaliação dentro do partido é que episódios pontuais não serão decisivos para a reeleição, mas, se acumulados e explorados sistematicamente pelos adversários, podem gerar desgaste, com certeza. O desafio será equilibrar a imagem de um líder experiente com a necessidade de demonstrar vigor e preparo diante de um eleitorado cada vez mais atento à performance de seus governantes em tempo real.

Com os olhos voltados para 2026, o PT sabe que terá que lidar com a crescente vigilância da opinião pública sobre cada passo de Lula — inclusive fora do Brasil.

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