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segunda-feira 13 de junho de 2022 às 06:35h

Félix Mendonça Jr. diz que a tendência na Bahia é eleição ser resolvida no 1º turno

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Presidente do PDT na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça Júnior criticou em entrevista ao jornal Tribuna, o governo Rui Costa (PT) por dar atenção aos prefeitos agora, somente devido as eleições de outubro.

Confira abaixo:

Tribuna – A eleição na Bahia vai ser resolvida no primeiro turno? 

Félix Mendonça Júnior – Acho que a tendência aqui na Bahia é de que haja uma eleição resolvida no primeiro turno. Por quê? Porque não desponta nenhum outro candidato que possa levar a eleição para o segundo turno. A eleição fica polarizada entre ACM Neto e o candidato do governo, ex-secretário de Educação, Jerônimo.

Tribuna – Como o senhor vê o assédio a prefeitos?  

Félix Mendonça Júnior – Os prefeitos do PDT nunca foram tão bem tratados como nesses últimos oito meses, pelo governo do Estado. Tudo que eles pedem, atende-se. Se quiser marcar uma audiência, pode ser marcada no mesmo dia. Todas as obras que pedem, o governador está atendendo de imediato. Todas as necessidades dos municípios são atendidas de imediato. Isso seria bom se tivesse acontecido durante esses 16 anos do governo. Infelizmente, está acontecendo no último ano. Os prefeitos estão, claro, aproveitando essa condição. Ninguém vai ficar contra a população, e não atender essas condições que estão sendo oferecidas graciosamente. Coisa que nunca aconteceu. Todo prefeito do interior sabe a dificuldade que era para marcar uma audiência com o governador. Agora, é o contrário. Está sendo convidado para ser recebido, para receber obras, benefícios. A gente não sabe nem se todas as obras vão sair. Mas, se sair 1/3, já é de bom tamanho. O importante é o seguinte: como vai ser quando acabar o período de fazer convênios, contratos, obras. Os prefeitos têm que receber as obras mesmo. Se o município precisa da obra e o governo está sendo tão generoso neste momento eleitoral, não pode prejudicar o município. No dia da eleição, vamos discutir a eleição. Agora, a população, em qualquer canto do interior, tem aquela vontade de mudar. Não é só mudar o governador, porque vai mudar mesmo porque já está na segunda gestão. Mas quer mudar toda uma equipe, uma quantidade de pessoas que estão aí mandando na Educação, na Saúde, Detran, como se fossem donos. 16 anos cansam, cansou. Tem que dar oportunidade para outro grupo.

Tribuna – Quais deverão ser as áreas prioritárias que o próximo governador da Bahia deve focar?  

Félix Mendonça Júnior – Sem dúvida nenhuma, educação e segurança. São as áreas que estão os piores patamares comparativos em todo o Brasil. Eu vejo aí no outdoor que está se investindo R$ 3,5 bilhões, e nós temos a pior educação ou entre as quatro piores educações que são oferecidas à população quando comparado com todos os estados mais o Distrito Federal. Se fosse o Campeonato Brasileiro, a Bahia estaria rebaixada hoje. Então, a educação é, sem dúvida nenhuma, o foco. Porque não adianta gastar e gastar mal. Tem que dar resultado objetivo para que os baianos possam ter a educação que merece. A terra de Anísio Teixeira não pode ter essa educação que está sendo oferecida. A segurança é um dos quesitos fundamentais. Enquanto policiais são mortos, e no funeral de um policial matam outros policiais, o secretário de Segurança fica falando que tem amigos que são usuários de droga e defendendo a legalização das drogas como projeto de segurança. Então, é uma coisa que chega ao absurdo, ao ridículo. E nada acontece com o secretário, e todo mundo acha que é isso mesmo. Aí pergunto ao secretário: entre os amigos dele que são usuários de maconha, quem é que vende para eles? Aí é tráfico de drogas. A lei no brasil hoje não permite isso, e ele disse que está ali para cumprir a lei.

Tribuna – O PDT indicou o empresário Ângelo Dourado para a vice de ACM Neto. Quais são as chances hoje do partido conseguir essa vaga na chapa?  

Félix Mendonça Júnior – Olha, a gente vem disputando esse espaço na chapa. É uma conversa desde o início com o pré-candidato ACM Neto. Não foi comigo. Foi com Lupi (presidente nacional do PDT) e com Ciro (Gomes) (uma conversa sobre) a participação na chapa do PDT. Então, vamos lá: Ângelo Dourado é um profissional da área de comunicação, apresentador, vem de uma família de linhagem política, e é da região de Irecê. É uma das cidades mais importantes da Bahia, já serviu muito à Bahia, e tem um potencial muito grande. Tem um potencial agrícola muito grande. É uma região que não tem representatividade, e precisa voltar a ter essa representatividade. Então, a gente indicou o Ângelo pela sua capacidade pessoal, tem uma reputação ilibada, é um jovem, tem se destacado, tem origem política. E representa toda uma região, a região de Xique-Xique, Canarana, Barra, Morro do Chapéu, América Dourado. Ali é uma região muito concentrada em cidades, onde Irecê é a principal cidade e concentra a todas as outras. Então, eu acho que é uma região que merece ter bem-vista e que com certeza cabe em qualquer chapa majoritária.

Tribuna – A indicação no PDT estava focada em seu nome. Por que o senho desistiu e decidiu focar na reeleição para deputado federal? 

Félix Mendonça Júnior – Essa questão de vice, vice não se disputa. Na minha cabeça, vice não se disputa. Vice é uma pessoa para ser convidada, e ninguém vai disputar. Não vou disputar eleição de vice. Eu sou candidato a governador, candidato ao Senado, mas vice não se disputa. Então, o que poderia acontecer é ficar na imaginação de ser vice, que é honrosa a lembrança do nome, mas não podia ficar na expectativa apenas disso. Eu tenho um mandato e, de repente você não é escolhido, não está dentro do perfil que deva ser, quando você for procurar seus votos, você não encontra mais. Você fica no meio do caminho. No hiato. Eu acho que tem gente que vai ficar.

Tribuna – Como o senhor vê a pressão para Ciro Gomes desistir da disputa a Presidência, e apoiar Lula? 

Félix Mendonça Júnior – Primeiro, não existe essa possibilidade. Ciro não vai desistir e não vai apoiar ninguém. Ciro é candidato até o final. Se tiver 0,1%, ele terá. Se tiver que ir para o segundo turno, ele irá. Mas desistir, ele não vai desistir. Essa pressão é porque eles querem transformar a eleição em uma eleição única, de primeiro turno. Então, o PT precisa ganhar logo isso. Não querem que tenham ninguém. Não querem terceira via nenhuma. Eu não estou preocupado com pesquisa. Não me decido por pesquisa. Acho que a maioria da população também não vai se preocupar com pesquisa. Pesquisa é o reflexo. E nós não tivemos nem campanha ainda, nem ouvimos os candidatos ainda para saber de resultado. A pesquisa sobre o quê? Sobre a imagem que se tem hoje? Não tem debate, não tem um programa de apresentação. Não começou nem o programa oficial, e as pesquisas querem definir o rumo da eleição. Se fosse assim, não precisava nem ter eleição. Bastava fazer pesquisa e economizar na eleição. Pesquisa não define as eleições. Nós já vimos isso várias vezes. Precisa ser um retrato daquela situação. O que precisa definir é a eleição. Eu quero que todas as famílias, trabalhadores, colegas, trabalho, vizinhos de rua, saibam que essa eleição é muito importante. Estamos definindo o futuro da nação brasileira. O futuro dos nossos netos, o futuro que está porvir. Então, é uma eleição muito importante para ser decidida apenas baseada em uma pesquisa sobre o nada. Pesquisa sobre intenção de voto, sem debate, sem apresentação de plano de governo. Pesquisa para tentar concretizar uma posição na cabeça das pessoas. É para isso que serve pesquisa hoje.

Tribuna – O senhor acredita que o apoio do PSDB à pré-candidatura Simone Tebet pode alavancar a candidatura dela? A bater Ciro? 

Félix Mendonça Júnior – Acho que é bom dois partidos, que no passado foram antagonistas. É mais uma via. Acho que a terceira via com o Ciro está consolidada, mas é claro que sempre bons termos mais números. Temos a eleição em dois turnos. Se tivesse um turno só, aí juntava todo mundo. Mas a eleição tem segundo turno. No primeiro turno, você vota no candidato da sua consciência e coração. No segundo turno, no candidato, se o seu não passou… entre os dois, ir em um. Mas fico feliz de ter uma outra via apresentada com seriedade.

Tribuna – Como é que o senhor viu essa proposta que o governo federal lançou para reduzir a carga tributária sobre combustíveis?  

Félix Mendonça Júnior – Eu acho positivo. Até porque o combustível no Brasil é a força motriz. Ou seja, tudo depende do preço dos combustíveis. Infelizmente, a nossa matriz de transporte é rodoviária. Então, alimentação, os remédios, a cesta básica, tudo depende do preço dos combustíveis. Então, quando você está reduzindo a carga tributária do combustível, você está reduzindo em outros produtos também que estão implicitamente ligados na agricultura à mais alta tecnologia. Agora, claro que precisa ter uma fiscalização para que essa redução não se torne apenas lucro das distribuidoras, da Petrobras. Que essa redução venha para o preço final do combustível. Precisa ter uma fiscalização dura.

Tribuna – A gente tem visto no Brasil nas últimas semanas um aumento nos casos de Covid-19. É prudente voltar a retomar algumas medidas? 

Félix Mendonça Júnior – Tem tido muito aumento de casos. Mas, graças a Deus, aumento de casos de Covid não têm refletido em internações. O que mostra que as vacinas foram eficazes. Ou houve mutação no próprio vírus para ficar menos letal. Então, acho que a gente tem que continuar, com o programa das vacinações, com a quarta dose. Acho que não pode voltar a situação que era no passado, com uma restrição muito grande. Mas também não pode ser liberou gerou. Acho que ambiente fechado o uso de máscara é necessário, pegar um transporte, um avião, o uso de máscara deveria ser obrigatório, conscientizar as pessoas quando tiverem gripas usarem a máscara para não contaminar outras pessoas.

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