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Há algumas semanas, um especialista em direito marítimo fez duras críticas ao Projeto da Ponte Salvador-Itaparica, em um texto publicado no site Bahia Notícias, Zilan da Costa, ex-presidente da Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA), afirmou que a Ponte poderia acabar com o porto de Salvador.
Na mesma semana, o Acesse Política conversou com um engenheiro, que afirmou que as declarações do especialista em direito marítimo estão totalmente equivocadas. O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), João Leão, recebeu nossa equipe, na manhã de domingo (31), em sua residência para um bate papo a respeito de toda essa polêmica.
Leia:
“A ponte agora virou uma polêmica, gostaria de agradecer ao engenheiro José Augusto Benevides. O Dr. Zilan da Costa, advogado, ele está enganado, realmente fez um trabalho que ainda não tem sentido, já o Engº Benevides, realmente entrou no âmago da questão. Primeiro, a Ponte entre pilares, terá uma distância de 450 metros, o navio quando passa de frente, ele tem no máximo 40 metros, ele não vai passar de lado na ponte, ele vai passar de frente. Até dois navios passam tranquilamente em um vão de 450 metros, um de ida e outro de volta, até os dois juntos se quiserem dá para passar nos 450 metros de vão entre pilares. Segundo, o vão terá 85 metros de altura, se alega que o nosso Estaleiro seria prejudicado, mas, não prejudica absolutamente nada, a plataforma quando é construída, tem no máximo 40 metros, 50 metros de altura. Quando tem 50 metros, se tiver uma torre, que ultrapasse os 85 metros, monta-se a torre em alto mar, não há problema nenhum. Inclusive não é bom para o equilíbrio da navegação, as plataformas viajam mil, dois mil quilômetros, não é bom que a torre vá lá em cima muito alta, para evitar acidentes. Então, quando ancorar a plataforma faz-se a montagem da torre. Terceiro, a ponte de Nova Iorque, tem 65 metros de altura, e todos os grandes navios do mundo passam debaixo da ponte, então não tem problema nenhum. A Ponte está muito bem estudada, muito bem traçada, um trabalho maravilhoso, feito por uma equipe técnica de primeira categoria, ouvimos especialistas do mundo inteiro e estamos prontos para agora, começar a construir. Me ajudem, vamos construir essa ponte, não vamos ficar brigando por causa de uma ponte.”
Ponte do Desenvolvimento
“As pessoas falam exclusivamente em ponte Salvador-Itaparica, Itaparica é para a ponte uma redenção, realmente a ponte é algo excepcional para o município. Nós teremos no centro da ilha, uma via expressa para não incomodar as pessoas que moram e vã morar lá. A via expressa irá até o recôncavo baiano, vai até o oeste da Bahia e vai até o sul da Bahia. Com isso, 250 municípios ficarão 100 quilômetros mais perto de Salvador. Temos alguns que irão ultrapassar, Valença vai ficar 144 quilômetros mais perto, Ilhéus vai ficar mais perto 142 quilômetros. Tem algumas excepcionalidades, Belmonte vai ficar 283 quilômetros mais perto de Salvador, Porto Seguro 250 quilômetros. É por isso que nós chamamos esta ponte, de Ponte do Desenvolvimento. Quando você pega a taxa de crescimento, o que o Estado arrecada de ICMS na Bahia, 87% é arrecadado na região metropolitana, e 0,35% no outro lado de Itaparica, aqui no litoral norte 4.88%, veja a diferença, no litoral norte se arrecada mais por estar mais próximo da capital. Feira de Santana arrecada 4.99% por estar mais perto de Salvador. Você chega com mais rapidez, então isso leva um maior desenvolvimento às cidades que estão mais perto da capital, elas arrecadam mais, a exemplo de Candeias, Camaçari, Lauro de Freitas, Mata de São João, que está com de desenvolvimento muito grande agora. Então, tudo isso, faz com que a ponte de Salvador-Itaparica, seja a Ponte do Desenvolvimento”, afirmou João Leão.
